O vereador da Protecção Civil da Câmara de Guimarães, Amadeu Portilha, explicou à agência Lusa, cerca das 20h45, que as equipas estão a trabalhar para “descartar em definitivo a possibilidade de haver carros” soterrados pela derrocada, garantindo as testemunhas do incidente que o deslizamento de terras não atingiu nenhuma viatura.
“A segunda preocupação é o conjunto de habitações que estão aqui em cima. É uma situação muito perigosa e permanece o risco de continuação da derrocada. As pessoas das sete casas habitadas (há dez em risco no conjunto de 20 habitações) foram informadas que não podem passar ali a noite”, disse, acrescentando que nenhuma delas quis apoio da autarquia, encontrando alojamento alternativo.
A água, electricidade e gás estão cortadas no local.
De acordo com Amadeu Portilha, que descreve um “cenário dantesco”, a estrada permanece cortada e “neste momento a grande preocupação é libertar a faixa de rodagem para descartar nem definitivo a possibilidade de haver carros debaixo” das terras.
O vereador garante que o complexo habitacional está “completamente licenciado” e que nada fazia prever esta situação, já que não havia “nenhum sinal de alarme” e o “talude aparentava estar completamente consolidado”.
Não podendo ainda confirmar os motivos, o vereador afirma que a chuva intensa que tem fustigado o concelho pode “estar na origem” da derrocada.
Amadeu Portilha disse ainda que na quarta-feira, com a luz do dia, será possível conter as terras e estabilizar os terrenos e intervir nos prédios, já que agora há “milhares de toneladas de terra para retirar”.
“Até haver condições de segurança, a estrada continuará cortada e as pessoas não voltarão às suas casas”, garantiu, acrescentando que, neste momento, entre todas as entidades envolvidas, estão no local cerca de 100 pessoas.
Um deslizamento de terras sobre a circular urbana de Guimarães registou-se hoje, pelas 18h30, na freguesia de Mesão Frio, no sentido Guimarães/Fafe
O 2º comandante da Protecção Civil de Braga, Vítor Azevedo, disse à Lusa que nenhum morador foi afectado pela derrocada, apenas tendo sido atingida uma viatura que estava na via de acesso às garagens.
Dentro dessa viatura “não se encontrava ninguém”.