"Situamos em cerca de 60 o número de lugares global que é perdido", disse o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), que falava aos jornalistas no terreno da antiga Feira Popular, onde está colocado o principal estaleiro das obras que hoje se iniciaram.
O autarca acrescentou que as alterações introduzidas ao projeto "fazem com que a norte do Saldanha [Avenida Elias Garcia] haja até algum ganho líquido pequeno face à situação atual", de sete lugares.
Entre as mudanças está o parqueamento em espinha, nomeadamente nas avenidas Miguel Bombarda, João Crisóstomo e António José de Almeida, onde foi possível criar 94 lugares.
"A sul do Saldanha, na [Avenida] Fontes Pereira de Melo, não há alteração face à situação que conhecemos", indicou.
De acordo com Fernando Medina, a principal redução verifica-se na praça Duque de Saldanha, zona que é, contudo, "muitíssimo bem servida de parques de estacionamento, quer seja no Saldanha Residence, no Monumental, na Maternidade Alfredo da Costa e, um pouco mais acima, no largo do Arco do Cego(...) e no Campo Pequeno".
O estacionamento tem sido a principal preocupação de moradores, mas Fernando Medina garantiu que esta "é uma diminuição com pouco significado".
Além disso, a autarquia chegou a acordo com operadoras de parques privados para assegurar 165 lugares alternativos com avenças mensais de 25 euros, valor mais baixo do que é praticado, recordou.
Inicialmente, a Câmara estimou uma redução de 300 lugares de estacionamento.
As intervenções arrancaram hoje na Avenida Fontes Pereira de Melo, onde estarão suprimidas duas (uma em cada sentido) das seis vias por três meses.
Das quatro vias restantes, duas (também uma em cada sentido) são destinadas a transportes públicos, mas durante este período serão partilhadas com o transporte individual.
Ao mesmo tempo, haverá trabalhos na Avenida da República junto a Entrecampos.
Admitindo que este seja o período mais complicado de toda a obra, a autarquia recomenda aos condutores encontrarem caminhos alternativos.
Para orientar os automobilistas, a Câmara está a colocar sinalização em locais como a A5, Segunda Circular, IC19 e Radial de Benfica, especificou Fernando Medina, sublinhando que o objetivo é "minorar o impacto das obras".
"Vai também ser colocada sinalização de âmbito mais local, que permita usar a Avenida Defensores de Chaves e a Avenida 5 de Outubro como complementos à circulação", assinalou o autarca.
Acresce que está "em curso uma operação especial por parte da Polícia Municipal tendente a assegurar a fluidez do trânsito", combatendo o estacionamento em segunda fila, adiantou.
Orçada em 7,5 milhões de euros, a intervenção tem uma duração estimada de nove meses.
Em causa está o alargamento dos passeios, a criação de zonas verdes e de estadia, a repavimentação das faixas de rodagem (feita durante a noite), o reordenamento do estacionamento e a criação de uma ciclovia bidirecional, no âmbito do programa "Uma praça em cada bairro".
Na ótica do presidente do município, a empreitada "vai mudar a forma como todos podem usufruir da cidade".