Manuel Santos é inspetor-chefe da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e Ricardo Valadas pertence à Diretoria do Sul da PJ, e um deles vai suceder a Carlos Garcia, que é candidato à Presidência da Mesa do Congresso Nacional e do Conselho Nacional.
A lista B, liderada pelo inspetor Ricardo Valadas, apresenta-se como uma "equipa nacional, transversal a todas as regiões do país e a todas as gerações de associados", assumindo-se como a "única lista capaz de verdadeiramente voltar a unir a ASFIC em torno dos seus desígnios".
Assegura que se trata de uma lista "criada a partir das bases, dos associados, por todo o país e a partir de todas as regiões, sem protagonistas assumidos" e que possui o "ónus de recuperar a ASFIC como símbolo basilar da defesa dos investigadores criminais da PJ".
"É uma lista que vem unificar e aparece das bases, as quais sugeriram nomes", disse à agência Lusa Ricardo Valadas, observando que a lista B "surgiu da base para o topo", tem em atenção as "realidades distintas" do país e quer evitar que a ASFIC permaneça centralizada em Lisboa.
Ricardo Valadas diz também querer recuperar "o orgulho, o reconhecimento e o valor capital" de quem é polícia e investigador criminal de uma "instituição histórica como a PJ", salientando que uma das maiores preocupações é o facto de a PJ, como corpo superior de polícia, estar "refém" da lei geral de Trabalho da Função Pública.
A lista B apresenta-se como "uma equipa de continuidade da ASFIC, que durante mais de 30 anos defendeu de forma intrépida, íntegra e desinteressada, todos os seus associados em particular e a PJ no geral".
Os apoiantes da lista A, liderada por Manuel dos Santos, salientam que esta resulta da "firme convição que, apesar das óbvias dificuldades, é possível fazer muito mais e melhor em prol dos investigadores, do seu Estatuto e da própria PJ".
Em declarações à Lusa, Manuel dos Santos apontou como "prioridade absoluta" a aprovação de um Estatuto dos investigadores criminais da PJ e, depois, a necessidade de "repor a ASFIC como um parceiro credível nas políticas de justiça", observando que a associação "tem que ser ouvida antes de as coisas acontecerem" e de estarem já consumdas.
"É necessário terminar com a descrença e apatia que tomaram conta da PJ e do movimento associativo. Consideramos ser necessário, além de uma mudança de protagonistas, uma alteração do paradigma da ação sindical, tudo devendo ser feito para terminar com o isolamento a que nos remetemos", refere a lista A, que propõe ainda para a Comissão Nacional Permanente os nomes de Nuno Domingos, Jorge Amaral, Rui Bandeira, Rui Santos, Perpétua Crispim e Vítor Pita.
Manuel dos Santos garantiu que a sua lista será "completamente diferente" quanto ao "método, postura e atitude" a adotar no futuro, realçando que o objetivo simples e principal é o de "obter resultados", dizendo ter a certeza de que é possível "melhorar as condições de trabalho dos funcionários de investigação criminal, condição indispensável para haver uma melhor Polícia Judiciária".
A lista B avança para a Comissão Nacional Permanente da ASFIC (triénio 2016-2019) os nomes de António Veiga, Cristina Rodrigues, Rui Madeira, Carlos Cunha, Jorge Mourão, Daniel Silva, José Figueiredo (1/o suplente) e Luís Nunes (2/o suplente).