Serafim Martins, líder do grupo Feira dos Tecidos, foi detido em maio do ano passado no âmbito do processo Fazenda Branca, juntamente com dois arguidos, encontrando-se a aguardar julgamento em prisão preventiva.
A operação Fazenda Branca fora desencadeada nesse mesmo mês, explicando a Polícia Judiciária, na altura, que as “investigações permitiram indiciar a existência de um grupo organizado no setor da compra e venda de têxteis que, atuando de forma concertada e permanente, vinha efetuando transações comerciais sem proceder à respetiva declaração fiscal ou fazendo-o com falsidade, lesava a Fazenda Nacional em dezenas de milhões de euros em sede de IRC e IVA”.
Noticiou-se que Serafim Martins tinha controlo sobre mais de 100 contas bancárias, das quais era titular ou procurador e que estavam ligadas a diversas empresas investigadas pela Polícia Judiciária do Porto juntamente com as Finanças.
Esta segunda-feira o Jornal de Notícias avança com a informação de que o arguido é acusado de ter defraudado o Fisco em 6,1 milhões de euros, sendo ainda suspeito, no entanto, de uma fraude superior a 20 milhões de euros (entre 2002 e 2007).
Serafim Martins é suspeito de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, usando para esse efeito uma rede criminosa composta por dois contabilistas, vários advogados que constituíram as empresas e offshores e também um funcionário da Autoridade Tributária Aduaneira.
O julgamento ainda não tem dada marcada porque está a ser ouvida uma testemunha em Cabo Verde.