Em fevereiro de 2014, Francisco Cruz Martins foi sequestrado à porta de casa por três homens que o espancaram e torturaram. Depois, o conhecido advogado foi abandonado na estada na zona do Cacém, em Sintra.
Levado ao hospital, foi possível verificar que o causídico apresentava um “hematoma epicraniano, uma fratura da falange do quinto dedo da mão esquerda, hematomas diversos na face, no crânio, na mão esquerda e nas coxas, um derrame conjuntival direito, uma ferida na coxa direita com quatro centímetros de comprimento e cinco centímetros de profundidade com laceração muscular grave e outra ferida na perda direita com dois centímetros e duas feridas na face dorsal da mãe esquerda e na face palmar”.
Segundo o Diário de Notícias, os investigadores só conseguiram identificar um dos três agressores que já está a aguardar julgamento em prisão preventiva.
De acordo com a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Sintra, os três suspeitos terão agido sob as ordens de um empresário, António Leal da Silva, a quem Francisco Cruz Martins devia três milhões de euros.
“Tens de pagar ao Leal”, terá sido dito pelos agressores ao advogado aquando das agressões e antes de lhe terem roubado um relógio no valor de 22 mil euros e um fio de ouro avaliado em 6 mil euros.
No entanto, refere o Diário de Notícias, o Ministério Público acusou apenas um arguido – um dos agressores. O empresário, que será o alegado autor moral do crime, não foi constituído arguido.