Junto à foz do rio Douro, e um dos polos atrativos do concelho, a Afurada dos barcos e dos pescadores terá uma nova vida com o projeto que a autarquia tem estado a traçar e que assistirá a novo desenvolvimento na próxima primavera, com entrada em funcionamento em pleno do mercado há muito prometido.
As promessas de um novo mercado para a Afurada já vêm desde 2007, mas a obra, que arrancou em maio de 2011, só deverá abrir as portas no próximo ano, incluindo um restaurante cujo concurso público para concessão da exploração por 30 anos vai segunda-feira a reunião de câmara.
"Aquele edifício terá de estar obrigatoriamente associado a uma imagem dinâmica, atual e atrativa, que permita a progressão de novos hábitos comerciais e culturais, sem prejuízo da história local, e confiram argumentos para a afluência do público", pode ler-se no documento a ser levado a votação.
A câmara quer assim que, a partir do próximo ano, o Mercado da Afurada "se afirme como local de encontro de populações, produtos de qualidade e cultura, num modelo comercial de proximidade que contribua para a revitalização daquela zona ribeirinha".
Segundo a autarquia, também no próximo ano será apresentado o projeto de construção de uma nova igreja junto ao mercado, desenhada pelo arquiteto Siza Vieira, a ser financiada pela autarquia e pela paróquia, e cuja construção se espera arrancar em 2017.
E porque é do peixe que vive grande parte da população local, a própria freguesia vai dar o nome à sardinha em lata que a Câmara de Vila Nova de Gaia quer certificar a nível nacional e internacional com o apoio de fundos comunitários e que, depois de uma primeira edição limitada a 200 unidades, será entregue à exploração de uma empresa da cidade.
Sem sardinha, mas com cavala e carapau, contará o festival "Há Peixe", a ser preparado para o início de novembro, contando com a participação dos restaurantes da Afurada que, entre os dia 05 e 08, servirão as suas especialidades acompanhadas de fado na rua, cinema no Centro Interpretativo e debates com os músicos dos Blind Zero.
Para ligar todas as novas apostas, e permitir a criação de verdadeiro um polo turístico, a câmara irá candidatar a fundos comunitários um projeto orçado em 600 mil euros de desenvolvimento de um vaivém elétrico entre o Cais de Gaia e a Afurada.