"Quando formos solicitados, estamos abertos a poder colaborar com edifícios que tenhamos eventualmente devolutos para albergar as pessoas que não tenham alojamento", afirmou o prelado.
José Alves falava aos jornalistas à margem de uma visita do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, às obras de reabilitação da Igreja de São Francisco e da Capela dos Ossos, em Évora.
O arcebispo mostrou-se "convencido" de que "muita gente das paróquias e das instituições" da Arquidiocese de Évora "vai colaborar como voluntária" naquilo que considerou uma "ação humanitária".
José Alves realçou que "muitas congregações religiosas e instituições ligadas à igreja" já integram uma plataforma, que foi constituída por entidades privadas para dar uma resposta aos refugiados que chegam ao país.
A situação dos refugiados "é tremendamente aflitiva" para o mundo e, em particular, para a Europa, disse o arcebispo, assinalando que "dezenas e centenas de milhares de pessoas ficam sem casa, sem trabalho, sem recursos e sem pátria".
"Todos nós nos temos de sentir comprometidos para ajudar a minorar os efeitos perniciosos desta tragédia humana", referiu.
Em Portugal, quase uma centena de autarquias já se disponibilizou para receber refugiados, mas os municípios afirmam esperar indicações do Governo e do Conselho Português para os Refugiados (CPR), enquanto grupos de cidadãos e instituições civis se têm desdobrado em iniciativas.