Roubos, inundações e vandalizações. São estes os termos que descrevem o estado atual de três lojas da Moviflor que estão em processo de venda, escreve o jornal Público.
O processo de insolvência da conhecida empresa de mobiliário e decoração chegou a um impasse. Os fornecedores, trabalhadores e bancos credores continuam à espera que lhes seja pago o devido, mas como não foi ainda proferida a sentença de graduação de créditos, as dívidas não podem ser saldadas.
“Não será possível entregar enquanto não existir sentença de graduação de créditos, que ainda não foi proferida. Quanto à qualificação da insolvência, nada de novo ocorreu até à data. De facto, não recebi uma única notificação no âmbito do processo nos últimos meses”, explica o administrador judicial Pedro Ortins de Bettencourt ao Público.
A Moviflor, recorde-se, deve cerca de 135 milhões de euros aos credores, sendo que aos trabalhadores o valor em falta ascende aos 19 milhões.
Mas para conseguir saldar parte da dívida, a empresa teria que conseguir vender as três lojas que estão à procura de novos compradores. Situados em Viseu, Porto e Alverca, os três imóveis estão degradados e vandalizados.
Segundo o Público, a loja de Viseu tem a cave inundada devido à água das chuvas do último inverno. Em comum, os três imóveis têm o facto de lhes terem sido roubados os quadros de eletricidade e os postos de transformação.
“O estado é péssimo, não só devido a inundações, mas por roubos continuados, inclusive do próprio chão”, contou ao Público a representante dos trabalhadores na comissão de credores.
Perante este cenário, os possíveis compradores aproveitam para fazer ofertas mais baixas.