"Perdemos uma grande mulher, como não há muitas", diz Almeida Santos
Almeida Santos, presidente honorário do PS, classificou hoje Maria Barroso como "uma mulher excecional" e confessou que, pela sua vida, passaram "poucas comparáveis" à antiga atriz e política.
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País Maria Barroso
Maria de Jesus Barroso, mulher do antigo Presidente da República Mário Soares e uma das fundadoras do PS, morreu hoje, aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internada em estado grave desde 26 de junho, após uma queda.
Questionado pelos jornalistas junto do Colégio Moderno, onde o corpo de Maria Barroso está em câmara ardente, o antigo dirigente socialista e ministro lembrou qualidades da amiga de longa data, como a modéstia, e exemplificou com uma viagem que fez a Moçambique, na qual conseguiu um corredor de paz, quando o país estava em guerra. "Não se gabou disso", disse.
Era "uma grande mulher, de inteligência, de caráter, de cultura, de arte", "perdemos uma grande mulher, como não há muitas", disse Almeida Santos, recordando também a que Maria Barroso foi uma atriz "fabulosa".
"A minha dívida para com ela é uma dívida de vida", disse o também antigo presidente da Assembleia da República, que recordou a longa amizade e as longas noites de discussão de política, concluindo: "Não esperava que desaparecesse assim".
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