"Retirem dos escritórios o que possa incriminar os vossos clientes"
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, aconselhou, naquele que foi um inflamado discurso, no âmbito da abertura solene do ano judicial, tendo ?disparado? em todas as frentes e sentidos, os ?senhores advogados? a retirarem ?dos escritórios o que possa incriminar os clientes?. Esta farpa dirigia-se, em particular, aos juízes, com quem o bastonário, que termina em 2013 o seu mandato, tem mantido, desde sempre, relações tensas.
© DR
País Marinho Pinto
“Retirem dos vossos escritórios quaisquer documentos e objectos que possam incriminar os vossos clientes, pois correm o risco de um juiz ir lá apreendê-los para os entregar à acusação”, acautelou o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, no seu discurso a propósito da sessão solene de abertura do ano judicial.
Aliás, o responsável, cujo mandato termina este ano, foi ainda mais longe nas críticas que teceu aos juízes, acusando a classe de “terrorismo de Estado”. Marinho e Pinto aludia ao facto de os juízes emitirem “mandatos de busca em branco” a escritórios de advocacia.
O bastonário dificilmente poderia ter sido mais cáustico nas considerações que fez, não poupando também o Governo, que condenou pela “insensibilidade” demonstrada face “aos problemas dos portugueses”.
Marinho Pinto chegou a apropriar-se, por assim dizer, de um poema da autoria de José Carlos Ary dos Santos, enfatizando, em jeito de remate: “Advogado castrado não”.
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