Restrição de cobertura jornalística foi um "ataque à liberdade de imprensa"
À saída de um encontro com o Presidente da República, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, comentou as restrições da cobertura jornalística num debate sobre a reforma do Estado, considerando tratar-se de “um ataque gravíssimo à liberdade de imprensa".
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País Marinho Pinto
À saída de um encontro com o Presidente da República, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, comentou as restrições da cobertura jornalística num debate sobre a reforma do Estado, considerando tratar-se de “um ataque à liberdade de imprensa".
Na abertura da conferência ‘Pensar o Futuro - um Estado para a Sociedade’, impulsionada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para debater a reforma do Estado, os jornalistas presentes foram impedidos de captar qualquer registo imagem, som ou declarações dos intervenientes. Os jornalistas puderam fazer apenas a cobertura da sessão de abertura da conferência, que teve a participação do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
Depois de um encontro com o Presidente da República, em Belém esta quarta-feira, o bastonário da Ordem dos Advogados e antigo jornalista, Marinho Pinto, foi questionado sobre este caso, que reconheceu tratar-se de "um ataque gravíssimo à liberdade de imprensa" e uma acção que reflecte a "particular compreensão que este Governo tem da liberdade de imprensa e do papel dos jornalistas na sociedade portuguesa".
"É um debate com a sociedade civil fechado à sociedade civil (...), mas vindo de quem vem, já não me espanta", rematou Marinho Pinto.
No mesmo sentido, o Sindicato dos Jornalistas já veio a público declarar que "são inaceitáveis quaisquer mecanismos de submissão a autorização prévia da utilização ou de reprodução de declarações feitas de forma pública", e anunciar que vai apresentar uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre, uma "restrição absurda em democracia".
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