Todos os anos desaparecem, em Portugal, uma média de quatro mil pessoas. Segundo o Diário de Notícias, a maior parte diz respeito a menores que fogem de casa ou de instituições. Assim que são localizados são devolvidos à família.
Contudo, há casos em que são adultos que fogem para não mais voltar. Dívidas, violência doméstica ou cônjuges que já não aguentam estar casados são apenas alguns dos exemplos de pessoas que fogem. Também há casos de idosos que fogem dos filhos toxicodependentes.
Quando são encontrados pedem às autoridades que não contem à família onde estão e a vontade é respeitada. “O direito constitucional à reserva da vida privada tem de ser assegurado”, explicou ao Diário de Notícias o inspetor-chefe Fernando Pires da secção de Desaparecidos da Polícia Judiciária de Lisboa.
A mesma fonte revelou também que é falso que seja necessário esperar 24 horas para se denunciar o desaparecimento de alguém.
“A ideia errada de que é preciso esperar 24 horas para participar é transmitida por vezes às pessoas pela PSP e GNR. Mas é serviço público explicar às pessoas que em qualquer momento podem participar um desaparecimento”, referiu.