“As mulheres correm menos risco. São mais cautelosas. Ponto” pelo que a expressão ‘Mulher ao volante, perigo constante’ não transporta em si qualquer lógica.
Os números, as estatísticas provam que as mulheres têm menos acidentes e menos graves do que o sexo oposto, destaca hoje o jornal i. “Todos os dados o comprovam”, afirma José Manuel Tiago, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, explicando que “a predisposição para o risco é claramente superior nos homens”.
“Isso é notório nos acidentes graves, onde há uma sobre representação enorme dos homens”, acrescenta. E o jornal i apresenta números que corroboram: no ano passado, registaram-se 172 feridos graves do sexo feminino e 997 do sexo masculino, e 30 mulheres morreram ao volante face a 294 homens.
A juntar a estes dados fique ainda a saber que, no relatório anual da Autoridade Nacional de Sgeurança Rodoviária é revelado que em 2013 num total de 48.406 acidentes, 69% (33.444) foram protagonizados por homens. Já as mulheres estiveram envolvidas em cerca de 28% (13.690).
Mas esta é aliás uma tendência, não uma excepção. Recuando nos números da ANSR desde 2009, refere o jornal i, percebe-se que a proporção e distância entre sexos ao volante repete-se, com os homens a terem mais acidentes do que as mulheres.
Convidada a comentar, a piloto portuguesa Elisabete Jacinto considera que “as mulheres encaram o carro como um elemento utilitário como qualquer outro, que serve para ajudar a viver melhor o dia-a-dia”. Já para os homens, diz, “o carro é um prolongamento da sua masculinidade”, até porque, sublinha, “os homens conduzem desde sempre, era um pelouro masculino”.