Lídia Pereira, de 42 anos, e Jerónimo Caetano Pereira, de 43 anos, casal assassinado em Wilderswill, na Suíça, recebiam constantemente ameaças de morte por parte do ex-companheiro de Lídia, conta esta quarta-feira o Jornal de Notícias (JN).
Alípio, descrito como ciumento e agressivo por ter recentemente perdido a guarda do filho de seis anos, enviava várias mensagens e fazia telefonemas ameaçadores. O conteúdo dessas SMS e todas as ameaças feitas pelo ex-companheiro foram reportadas à polícia suíça.
As duas filhas de Lídia, fruto de outra relação, sabiam perfeitamente o que se passava e foi por isso que Diana, a mais velha, com 18 anos, quando ouviu os tiros e viu o ex-padrasto armado, trancou as portas de casa para proteger os dois irmãos, de 16 e 6 anos de idade.
As crianças já se encontram com os avós maternos, em Interlaken, que partiram das Caldas da Rainha em socorro dos netos. “Em princípio, os mais novos devem regressar a Portugal com os avós mal os corpos sejam libertados para o funeral. A mais velha já é maior de idade, trabalha aqui na Suíça e já começou a fazer vida cá. Quer ficar. Os avós concordam”, revelou um amigo da família, Orlando Albuquerque, ao JN.