Mais de 10 mil pessoas juntaram-se, este domingo, em Lisboa, para marcar presença numa das maiores manifestações pró-Palestina alguma vez realizada em Portugal. O protesto reuniu "políticos, artistas, membros de coletivos, organizações não-governamentais e muitos cidadãos solidários".
A manifestação foi organizada pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP), composta pela Amnistia Internacional Portugal, Greenpeace Portugal, Médicos sem Fronteiras e Fundação José Saramago, entre outras organizações da sociedade civil.
"À manifestação aderiram políticos, artistas, membros de coletivos, organizações não-governamentais e muitos cidadãos solidários com a Palestina", indicou a PUSP num comunicado enviado às redações.
Os protestantes marcharam entre o Rossio e o Largo José Saramago "para exigir o fim da impunidade e da violência exercida contra o povo palestiniano, apelando ao respeito incondicional pelos direitos humanos e pelo direito internacional".
Além disso, os manifestantes denunciaram também a "passagem de aviões militares F-35 pela Base das Lajes, nos Açores, com destino a Israel", considerando tratar-se de "uma forma de cumplicidade de Portugal com a agressão contra o povo palestiniano e incompatível com o cumprimento do direito internacional".
Entre as reinvidicações dos manifestantes está o "fim do genocídio, da ocupação e do regime de apartheid", o "levantamento imediato do bloqueio ilegal imposto a Gaza e a entrada segura e sem restrições de ajuda humanitária", a "responsabilização internacional por todos os crimes cometidos contra o povo palestiniano", a "suspensão de toda a cooperação militar e comercial com Israel enquanto persistirem a ocupação, o apartheid e o genocídio" e a "aplicação de sanções políticas, económicas e diplomáticas a quem perpetue ou apoie estas violações".
A manifestação contou com intervenções de Alexandra Lucas Coelho, "escritora, que trouxe a solidariedade do mundo da cultura à resistência do povo palestiniano", Rita Costa, "enfermeira dos Médicos Sem Fronteiras com experiência na Faixa de Gaza", Sofia Aparício, "em representação da delegação portuguesa na flotilha humanitária Global Sumud Flotilla", Dima Mohammed, "académica e ativista luso-palestiniana," e Jonatan Benebgui, "ativista do coletivo Judeus pela Paz e Justiça – Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina".
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