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Número de regiões sem noticiário local em Portugal diminui face a 2022

O número de concelhos em situação de deserto de notícias, regiões sem noticiário local, diminuiu de 54 em 2022 para 45 em 2025, concluiu um estudo do LabCom da Universidade da Beira Interior (UBI).

Número de regiões sem noticiário local em Portugal diminui face a 2022

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Lusa
13/10/2025 13:05 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Estudo

De acordo com o estudo, 45 (14,61%) concelhos do país estão em situação de deserto de notícias, regiões sem noticiário local, e 38 (12,34%) em situação de semi-deserto, localidades com noticiários locais não frequentes ou ocasionais.

 

Além destes, o trabalho identificou 87 (28,25%) concelhos ameaçados, uma vez que têm apenas um único meio que produz o noticiário local regular, enquanto 171 (55,52%) apresentam algum nível de problema.

Em comparação com o último relatório de 2022, verificou-se uma redução da totalidade de regiões consideradas desertos de notícias, passando de 54 para 45, embora o número de semi-desertos tenha aumentado de 24 para 38.

O total de concelhos com algum tipo de problema subiu de 78 para 83, os concelhos ameaçados mantiveram-se estáveis (87), enquanto o total de concelhos com problemas aumentou ligeiramente de 166 para 171.

Neste sentido, a ausência de meios de comunicação é mais concentrada no interior do país, com destaque para o Alentejo e Trás-os-Montes.

O Alto Alentejo tem apenas nove meios de comunicação para 103 mil habitantes e o Alto Tâmega regista o maior rácio de meios per capita, com 15 meios para 78 mil habitantes.

O litoral e as áreas metropolitanas (Lisboa, Porto e Setúbal) praticamente não têm regiões em situação de deserto de notícias, visto que os concelhos contam com dois ou mais meios que produzem noticiário local regular.

A Grande Lisboa não tem nenhum deserto ou semi-deserto, apenas a Amadora é identificada como um concelho ameaçado.

"Persistem desigualdades territoriais significativas, com concentração de meios em regiões urbanas e litoral, e fragilidade acentuada no interior", embora o cenário regional seja de estabilidade, referem os investigadores no estudo. 

Em 01 de junho, Portugal contava com 891 meios de comunicação regionais, dos quais 399 impressos, 263 rádios e 409 digitais.

Assim, os autores do estudo afirmam que o "digital assume-se como suporte dominante e em crescimento, embora com limitações na frequência e qualidade da produção noticiosa em alguns casos".

O estudo desenvolvido pelo LabCom - Unidade de Investigação em Ciências da Comunicação da UBI teve como objetivo "aprofundar a análise das suas implicações para a cidadania informativa, a democracia e a coesão social".

Leia Também: Estudo da UBI liga ausência de jornais locais à desinformação e abstenção

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