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Estudo da UBI liga ausência de jornais locais à desinformação e abstenção

Os territórios sem cobertura noticiosa tendem a registar maior propensão para fenómenos de desinformação, populismo e crises democráticas associadas a uma elevada abstenção eleitoral, segundo um estudo da Universidade da Beira Interior (UBI).

Estudo da UBI liga ausência de jornais locais à desinformação e abstenção

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Lusa
13/10/2025 12:46 ‧ há 4 horas por Lusa

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UBI

Os territórios sem cobertura noticiosa tendem a registar maior propensão para fenómenos de desinformação, populismo e crises democráticas associadas a uma elevada abstenção eleitoral, segundo um estudo da Universidade da Beira Interior (UBI).

 

"Os desertos de notícias surgem em regiões distantes dos grandes centros, com baixa atividade económica, onde os antigos jornais não conseguem mais sustentar-se e a região não é atrativa para novos empreendimentos no setor", começa por ler-se no estudo.

Desta forma, "este cenário é particularmente desafiador em tempos de disseminação rápida de desinformação a partir dos media digitais em contexto local".

Os autores do estudo explicam que os meios de comunicação digitais são vistos como a fonte principal de disseminação de desinformação local, devido à falta de verificação sobre o conteúdo que circula nas redes sociais.

Assim, a ausência de cobertura noticiosa local cria condições favoráveis à proliferação de desinformação, "amplificada pelo funcionamento algorítmico das plataformas digitais, que privilegiam popularidade e interação em detrimento da verificação e do rigor".

"A emergência de desertos de notícias torna-se particularmente preocupante num contexto em que a desinformação se dissemina rapidamente através das redes sociais digitais, frequentemente sem qualquer filtragem jornalística", afirmam os investigadores.

Neste sentido, "os territórios sem cobertura noticiosa tendem a registar maior propensão para fenómenos de desinformação, populismo e crises democráticas associadas a taxas elevadas de abstenção eleitoral".

"A pressão temporal e a escassez de recursos, identificadas em Portugal e Espanha, conduzem ainda a uma dependência excessiva de fontes oficiais", o que resulta na erosão da esfera pública local e em "democracias casuais".

Apesar disso, vários estudos apontam que a mitigação da desinformação pode ser eficaz através do fortalecimento dos meios de comunicação locais e do estabelecimento de uma relação de confiança com o público.

O estudo desenvolvido pelo LabCom -- Unidade de Investigação em Ciências da Comunicação da UBI teve como objetivo "aprofundar a análise das suas implicações para a cidadania informativa, a democracia e a coesão social".

Leia Também: Sismo de magnitude 6 atingiu as Filipinas após dois sismos na sexta-feira

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