A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considera, em comunicado, que a proposta confirma a desvalorização da educação e que os aumentos orçamentais alegadamente previstos não estão à altura das necessidades, podendo mesmo representar uma redução tendo em conta a inflação e a forma como o governo faz os cálculos de um alegado crescimento.
A Fenprof diz que a proposta de OE2026 é "irrealista, insuficiente e comprometida com lógicas de destruição da escola pública, falhando, mais uma vez, no essencial, que é garantir condições dignas para ensinar e aprender".
"Este orçamento transforma a atual retórica sobre a valorização da educação num exercício vazio e, na prática, num verdadeiro insulto aos profissionais e às escolas públicas", conclui a federação sindical.
A Federação Nacional de Educação (FNE), embora reconhecendo que a proposta de OE entregue na quinta-feira no parlamento revela uma intenção positiva de continuidade de algumas medidas estruturantes, conclui que fica aquém das respostas que o setor educativo e os seus profissionais reclamam há muito tempo.
Segundo a FNE, o crescimento orçamental previsto na proposta para a educação "não compensa a erosão acumulada ao longo da última década, nem responde às necessidades urgentes de rejuvenescimento da profissão, de estabilidade no emprego e de melhoria efetiva das condições de trabalho nas escolas".
A proposta de OE para 2026 vai ser discutida e votada na generalidade entre 27 e 28 de outubro, estando marcada a votação final global para 27 de novembro, após o processo de debate na especialidade.
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