Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) prestou assistência a um parto à entrada do Hospital Sintra – Algueirão Mem Martins, na manhã do passado dia 7 de outubro, em plena via pública.
Num comunicado enviado às redações, a PSP explica que, momentos antes do bebé nascer, pelas 11h10 da manhã de terça-feira, uma viatura parou junto à entrada da unidade hospitalar em questão, junto aos polícias, "em busca de auxílio".
Quando os agentes verificaram o que se passava, que estava uma grávida, no banco traseiro do carro em trabalho de parto, um dos elementos da PSP "foi alertar a equipa médica do hospital", enquanto o outro "ficou a auxiliar a parturiente".
O polícia que ficou com a mulher acabou por prestar assistência ao parto, que aconteceu antes da equipa médica chegar ao local.
Posteriormente, relata ainda a mesma força de segurança, mãe e bebé "receberam assistência médica", estando, "neste momento, bem de saúde".
Recorde-se que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) enviados à Lusa, recentemente, o número de partos em ambulâncias, só entre 1 de janeiro e 14 de setembro, já ultrapassou o total registado nos três anos anteriores.
Verificaram-se 25 partos em ambulâncias em 2022, 18 em 2023 e 28 em 2024, mas, até 14 de setembro deste ano, o INEM já tinha registo de 32, a que se somam mais dois assistidos pelos bombeiros da Moita nas últimas semanas.
Já na semana passada, um bebé nasceu numa ambulância a caminho do Hospital de Almada, numa altura em que a urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro estava fechada. A ambulância seguiu para Almada, mas o bebé acabou por nascer no IC21, antes das portagens.
Recentemente, numa audição parlamentar, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, referiu que este ano foram registados cerca de 150 partos em ambiente extra-hospitalar, ou seja, em ambulâncias, na rua ou em casa.
Para a Península de Setúbal, a mais crítica por falta de profissionais de saúde para completarem as escalas, o Governo pretende criar, a curto prazo, uma urgência regional de obstetrícia, com o Hospital Garcia de Orta a funcionar em permanência e o de Setúbal a receber casos referenciados pelo SNS 24 e o INEM.
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