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"A vida não espera". Bebé nasce em ambulância numa área de serviço

Bombeiros da Moita voltam a fazer um parto numa ambulância, desta vez, sem o apoio de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). Tanto a mãe, Maria, como a bebé, Nariel, encontram-se bem.

"A vida não espera". Bebé nasce em ambulância numa área de serviço

© Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita/Facebook

Tomásia Sousa com Lusa
06/10/2025 12:29 ‧ há 12 horas por Tomásia Sousa com Lusa

Os Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita voltaram a ter de realizar um parto numa ambulância, desta vez na área de serviço da A33, a caminho do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

 

O insólito, que aconteceu esta madrugada, foi partilhado pela corporação na página de Facebook, onde se lê que tanto a mãe, Maria, como a bebé, Nariel, se encontram bem.

Os bombeiros fizeram o parto sem o apoio de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).

"A vida não espera... A mãe Maria necessitou de socorro desde a Baixa da Banheira, de onde, após contacto médico regulador do CODU, seguiu na ambulância para o Hospital Garcia de Orta. Mas a vida não quer saber de constrangimentos e na Área de Serviço da A33 a pequena Nariel fez-se nascer pelas competência dos nossos operacionais, mesmo sem o apoio VMER, pelas 3h43. Sê bem-vinda, Nuriel. Mãe e bebé estão bem", lê-se na publicação publicada hoje nas redes sociais.

O comandante Pedro Ferreira confirmou à Lusa que este é o 15.º parto a que os bombeiros da Moita dão assistência nestas condições este ano.

"Perguntamos ao CODU qual era o hospital de referência, uma vez que a maternidade do Hospital do Barreiro, que estava a cinco minutos, estava encerrada, e fomos para o Garcia de Orta. Na A33, junto a uma área de serviço, verificou-se que tínhamos de parar e fazer a assistência ao parto", referiu o comandante.

O comandante alertou que, quando as ambulâncias da Moita têm de se deslocar para Almada ou para Lisboa para o transporte de grávidas, "é menos um meio" que fica para socorrer uma população de cerca de 70 mil pessoas no concelho.

"Há duas ou três semanas, duas ambulâncias nossas, a meio da noite, tiveram de ir para Lisboa com duas grávidas e isso faz com que desguarneça o nosso concelho, e isso não deveria acontecer", realçou.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) enviados à Lusa, o número de partos em ambulâncias, só entre 01 de janeiro e 14 de setembro, já ultrapassou o total registado nos três anos anteriores.

Verificaram-se 25 partos em ambulâncias em 2022, 18 em 2023 e 28 em 2024, mas, até 14 de setembro deste ano, o INEM já tinha registo de 32, a que se somam mais dois assistidos pelos bombeiros da Moita nas últimas semanas.

Já na semana passada,  um bebé nasceu numa ambulância a caminho do Hospital de Almada, numa altura em que a urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro estava fechada. A ambulância seguiu para Almada, mas o bebé acabou por nascer no IC21, antes das portagens.

Recentemente, numa audição parlamentar, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, referiu que este ano foram registados cerca de 150 partos em ambiente extra-hospitalar, ou seja, em ambulâncias, na rua ou em casa.

Para a Península de Setúbal, a mais crítica por falta de profissionais de saúde para completarem as escalas, o Governo pretende criar, a curto prazo, uma urgência regional de obstetrícia, com o Hospital Garcia de Orta a funcionar em permanência e o de Setúbal a receber casos referenciados pelo SNS 24 e o INEM.

[Notícia atualizada às 15h33]

Leia Também: Mulher dá à luz no hall de entrada de prédio no centro de Coimbra 

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