Um bebé nasceu no hall de entrada de um prédio no centro da cidade de Coimbra, durante a madrugada desta terça-feira.
Segundo conta o Diário de Coimbra, a mulher deu à luz no hall do prédio onde habita, na rua da Figueira da Foz, pelas 5h00.
A Cruz Vermelha de Coimbra foi acionada para a ocorrência, mas, quando chegou ao local, o bebé já tinha nascido.
Posteriormente, chegou uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e dois elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP).
A mãe e o bebé foram transportados para a maternidade Dr. Daniel de Matos e encontram-se ambos "bem de saúde".
Sublinhe-se que só este ano nasceram cerca de 50 bebés em ambulâncias ou em casa, segundo os relatos de corporações de bombeiros nas redes sociais. O número poderá ser superior, uma vez que nem todas as ocorrências são noticiadas.
Segundo dados facultados pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, numa audiência parlamentar realizada no passado dia 17 de setembro, o número de bebés a nascer fora dos hospitais aumentou.
Em declarações na Comissão Parlamentar de Saúde, Ana Paula Martins disse que este ano foram registados cerca de 150 partos em ambiente extra-hospitalar (em ambulâncias, na rua ou em casa) e disse que, apesar de não ter dados objetivos, através do relato do socorro do INEM é possível perceber que os partos em casa estão aumentar.
No final de abril, a ministra da Saúde tinha reconhecido que é preciso garantir que nasçam menos bebés em ambulâncias. Ana Paula Martins referiu, contudo, que sempre nasceram bebés em ambulâncias e vão continuar a nascer em alguns momentos, porque não é possível evitar em algumas circunstâncias. "Mas naturalmente que não é de forma alguma o nosso objetivo", declarou.
Já em agosto, o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, admitiu que tem havido um aumento do número de partos fora do domicílio ou de hospitais, mas recusou relacionar esse número com o encerramento de urgências de obstetrícia e ginecologia.
"Há, de facto, um aumento ligeiro do número de partos fora do domicílio e dos hospitais, cerca de mais seis este ano face ao ano anterior, mas que não corresponde, ou que não está diretamente relacionado, com os encerramentos de urgências. Isso porque o número de encerramentos é menor este ano do que foi o ano passado", referiu.
Também o INEM defendeu que "os partos em ambiente pré-hospitalar sempre se verificaram, sendo vários os motivos para a sua ocorrência, desde logo a chamada tardia para o 112, situações em que o parto já era iminente na altura da chamada, entre outros."
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