"Segundo informações que obtivemos, os pagamentos estão todos regularizados", avançou fonte do gabinete do Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa.
Na segunda-feira, a API manifestou "profunda preocupação" com o incumprimento no pagamento dos incentivos do Estado à comunicação social, salientando que a situação estava a afetar "um número significativo" dos seus associados.
"Após auscultação junto dos seus associados, a API verificou que a maioria dos associados não tem obtido respostas concretas junto das CCDRs [comissões de coordenação e desenvolvimento regionais], sendo-lhes comunicado que a responsabilidade pelos pagamentos se encontra do lado do Governo", explicou a associação num comunicado então divulgado.
Em causa estão diversos projetos aprovados e concluídos entre 2021 e 2024 e enquadrados em programas de incentivo ao desenvolvimento digital, modernização tecnológica e promoção da literacia e educação para a comunicação social, cujos saldos, segundo referia a associação, "continuam por liquidar".
De acordo com a API, os montantes em questão variam entre 1.700 e os 30.000 euros por projeto, "representando valores que, em muitos casos, já foram adiantados pelos próprios junto de fornecedores e para cumprimento de responsabilidades salariais".
No passado dia 01, a associação enviou ao secretário-geral da Secretaria-Geral do Governo, Carlos Costa Neves, uma carta formal "solicitando a regularização urgente dos montantes em falta" e reiterando que os projetos em causa estão "concluídos há mais de um ano, com todas as obrigações contratuais e prestações de contas devidamente cumpridas, não existindo justificação para a manutenção deste atraso".
Contudo, - lia-se no comunicado divulgado na segunda-feira - "até ao momento não foi apresentada qualquer previsão de regularização dos valores em atraso".
"Face à gravidade da situação", a API afirmou-se, então, decidida a avançar com "todas as diligências necessárias" para exigir o pagamento imediato dos montantes devidos e defender os interesses dos seus associados, lembrando que estes "todos os dias asseguram, com grandes dificuldades, a sobrevivência de um setor vital para a democracia".
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