Luís Montenegro participou hoje num almoço-comício em Castelo Branco, de apoio ao candidato apoiado por PSD e CDS-PP e por um movimento independente, José Augusto Alves.
Como tem feito noutros locais, brincou com a sua dupla condição de líder partidário e chefe do Governo.
"Como presidente do PSD, com a relação privilegiada que o residente do PSD tem com o primeiro-ministro, posso dizer-vos que estou absolutamente seguro que haverá uma relação de parceria muito estreita entre os poderes públicos, nos vários patamares da decisão", começou por dizer.
Montenegro acrescentou que "o presidente do PSD sabe que o primeiro-ministro respeita e encara qualquer que seja o Presidente da Câmara Municipal".
"É sua obrigação, seja de que partido for, também é sua obrigação, mas é importante que se saiba que essa relação estará tão mais consolidada, firme e com a capacidade de intervir mais profundamente, quanto as ideias, os princípios, os objetivos forem também mais próximos e mais coincidentes. É natural", considerou.
Depois do almoço, Montenegro seguiu para contactos de rua no centro de Castelo Branco, onde manifestou confiança no candidato apoiado pelo PSD, que já foi presidente de Câmara de Castelo Branco pelo PS, partido que governa o município há três décadas.
"Acho que é mesmo um dos concelhos para os quais todos os analistas e jornalistas vão olhar e espreitar no domingo à noite. Sendo uma capital de distrito e uma terra onde, tradicionalmente, o resultado é mais ou menos antecipável, desta vez acho que está tudo em aberto", afirmou.
Questionado se desta vez foi o PSD que foi "pescar" um independente às fileiras do PS, Montenegro disse que em Castelo Branco se juntou "o útil ao agradável".
"O PSD foi trabalhando com este movimento, que é um movimento que se apresentou às últimas eleições e que teve um nível de representatividade grande. Já na altura, houve vários eleitores da nossa área a votar nesse movimento", admitiu.
Num café que costumava ser um ponto de encontro estudantil, Montenegro e José Augusto Alves conversaram um pouco sobre a evolução das formas de relacionamento, nomeadamente através das redes sociais, com o também primeiro-ministro a fazer um balanço positivo da medida do Governo sobre interdição dos telemóveis nos primeiros ciclos escolares.
Na rua foi também confrontado por uma senhora trabalhadora do "call center" da Segurança Social, entregue a uma empresa privada, e que se queixou de salários em atraso.
Em frente à câmara, cerca de uma dezena de manifestantes aguardava o primeiro-ministro com cartazes, alguns relativos a este tema, mas assistiram em silêncio à chegada de Luís Montenegro do outro lado da rua.
[Notícia atualizada às 17h37]
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