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Pai de bebé que nasceu em receção desmente hospital. IGAS abre inquérito

O pai do bebé que nasceu na receção do Hospital Eduardo Santos Silva, em Gaia, desmente a diretora clínica da unidade hospitalar e garante que houve falta de assistência. O recém-nascido terá caído de cabeça no momento da expulsão. A IGAS já abriu uma ação inspetiva ao caso.

Pai de bebé que nasceu em receção desmente hospital. IGAS abre inquérito

© Shutterstock

Natacha Nunes Costa
07/10/2025 14:10 ‧ há 4 horas por Natacha Nunes Costa

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A Inspeção Geral de Atividades em Saúde (IGAS) abriu uma ação inspetiva ao caso do nascimento de um bebé na receção do Hospital Eduardo Santos Silva, em Gaia, avança a RTP.

 

De acordo com o canal público de televisão, o processo de inquérito pretende avaliar o que aconteceu no passado sábado, dia em que uma grávida teve um bebé na receção da unidade hospitalar em questão, enquanto pedia uma maca, duas horas depois de ter recorrido às urgências pela primeira vez e ter tido alta.

O Notícias ao Minuto já está a tentar confirmar com a IGAS a abertura de inquérito.

Entretanto, o pai do bebé, Frederico Fernandes, falou com vários canais de televisão, desmentindo algumas das declarações da diretora clínica do hospital Santos Silva, que afastou a hipótese de "negligência médica".

 "Tanto é que caiu que fez duas ecografias e uma TAC"

Confrontado com as declarações de Ana Margarida Fernandes, que garantiu que não há testemunhas de que o bebé tenha caído no chão durante o nascimento, Frederico disse à SIC Notícias que "isso é um absurdo".

"Se pegarem nas imagens, acho que dá para ver. Tanto é que ele [o bebé] caiu que fez duas ecografias e hoje vai fazer uma TAC (Tomografia Computorizada), para confirmar se não houve nenhuma hemorragia. Até agora nenhuma hemorragia foi identificada mas, infelizmente, ele nasceu no chão do hospital", descreveu o homem, que "esperava um pouco de dignidade para o nascimento do terceiro filho".

Segundo Frederico, a mulher recorreu ao serviço de urgência do hospital de Gaia, na tarde do passado sábado, mas foi mandada para casa porque os médicos acharam que o bebé ainda não ia nascer.

"Ela chegou ao hospital às 17h e foi atendida mas às 18h mandaram-na para casa. [Aí] fiz a monitorização das contrações e às 20h voltámos [ao hospital]. Quando chegámos pedimos socorro, uma maca, todos os utentes que estavam na receção também ficaram indignados", contou.

Frederico conta ainda que apareceu um enfermeiro com uma cadeira de rodas "e disse que ela tinha de sentar". Porém, cerca de "um minuto, um minuto e meio depois a criança nasceu" e foi ele "quem pegou a criança" porque "não havia nenhum enfermeiro, nada", junto ao casal.

Ainda de acordo com o mesmo, a partir daí, quando a mulher subiu para o bloco de partos com o filho, ambos começaram a ter "um atendimento cinco estrelas".

Bebé "está bem" e "a equipa médica está de consciência tranquila"

Na manhã de hoje, a diretora clínica da unidade hospitalar, Ana Margarida Fernandes, garantiu aos jornalistas que o bebé "está bem" e que já teve, inclusive, alta do serviço de neonatologia, estando agora "junto da sua mãe" no hospital, encontrando-se, "neste momento a fazer o procedimento habitual de um recém-nascido que nasceu há três dias".

Questionada sobre as acusações de falta de assistência, a responsável assegurou que "a equipa médica está de consciência tranquila", recusando que tenha havido "negligência médica".

Sobre a queda do recém-nascido no chão da receção das urgências hospitalares, Ana Margarida Fernandes começou por dizer que "não há testemunhas" de tal situação. No entanto, perante essa possibilidade, o bebé "foi, de imediato, avaliado e internado no Serviço de Neonatologia" para fazer a vigilância.

Bebé terá batido com a cabeça no chão das urgências do hospital

Ao Correio da Manhã, Frederico Fernandes, já tinha revelado que o filho tinha batido com a cabeça no chão da receção das urgências do hospital, por falta de assistência.

"Fui eu que peguei o bebé do chão", declarou o homem ao matutino, garantindo que já apresentou queixa no Gabinete dos Utentes e na Ordem dos Médicos devido à "forma indigna como trataram" a mulher.

Leia Também: Bebé nasce em receção de hospital? Diretora clínica recusa negligência

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