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Amnistia esperava condenação por Portugal de detenção de ativistas

O diretor da Amnistia Internacional - Portugal disse hoje à Agência Lusa que o Estado português deveria ter condenado o Estado de Israel pela detenção dos ativistas internacionais da Flotilha Sumud Global.

Amnistia esperava condenação por Portugal de detenção de ativistas

© OMAR AL-QATTAA/AFP via Getty Images

Lusa
02/10/2025 10:18 ‧ há 5 dias por Lusa

Pelo menos 13 embarcações integradas na flotilha foram intercetadas pela Marinha de Israel nas últimas horas sendo que uma foi abalroada em águas internacionais, segundo a organização da flotilha humanitária.

 

Entre os detidos encontram-se a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte. 

O diretor da Amnistia Internacional - Portugal, João Godinho Martins, disse que encara a situação com "preocupação e consternação" frisando que esperava uma posição mais firme por parte do Governo português em relação a Israel.  

João Godinho Martins recordou que na quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros português emitiu um comunicado, mas notou que "não houve uma única condenação sobre o facto de terem sido detidos civis portugueses" que integravam a flotilha humanitária que saiu de águas internacionais para águas de um Estado (Palestina) que Portugal reconheceu oficialmente.

"Isto tem de nos fazer pensar. Ninguém esperava que o ministro dos Negócios Estrangeiros voasse para Telavive para ir buscar os cidadãos portugueses, mas esperava-se uma palavra de condenação e esperava-se, desde o início, uma palavra de apoio a um esforço humanitário e de solidariedade", disse à Lusa João Godinho Martins.

Portugal reconheceu formalmente o Estado da Palestina em 21 de setembro.

O diretor da Amnistia Internacional - Portugal disse ainda que o Governo de Lisboa e os países europeus "sabem" o que está a acontecer na Palestina apesar de "não terem a coragem" de mencionar a palavra genocídio.

"Portugal e muitos Estados europeus sabem quantas pessoas já morreram em Gaza, incluindo crianças, e que esta guerra não é uma guerra apenas contra o Hamas. É uma guerra contra um povo", acrescentou João Godinho Martins. 

O responsável disse ainda que a Amnistia Internacional está "muito envolvida" a nível global e que já tomou posições públicas sobre a guerra na Faixa de Gaza junto do Governo português.

Por outro lado, a secção portuguesa da Amnistia Internacional disse que vai acompanhar os movimentos da sociedade civil em Portugal que vão manifestar-se hoje em várias cidades do país.   

Para João Godinho Martins "é preciso recordar" aos políticos portugueses que é necessário fazer mais em nome da paz, do bom senso e da ajuda humanitária.

A guerra em Gaza começou após o ataque do Hamas contra Israel que fez 1.200 mortos no dia 7 de outubro de 2023.

A resposta militar de grande escala de Israel fez até ao momento mais de 60 mil mortos.

Leia Também: Médio Oriente. Navio atacado ao largo do Iémen à deriva sem tripulação

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