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Português retido em hotel do Nepal durante protestos. "Não há comida"

A onda de violência no Nepal continua. Pelo menos 25 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas nos protestos antigovernamentais que têm lugar há vários dias no país onde, pelo menos, dois portugueses estão retidos, depois do hotel onde estavam hospedados ter sido vandalizado.

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© Sunil Pradhan/Anadolu via Getty Images

Natacha Nunes Costa
10/09/2025 16:29 ‧ há 1 dia por Natacha Nunes Costa

País

Nepal

Pelo menos dois portugueses estarão retidos em Katmandu, no Nepal, após o hotel Hilton, onde estavam hospedados, ter sido vandalizado e incendiado durante intensas manifestações contra o governo.

 

Os protestos começaram a 7 de setembro mas sofreram uma escalada de violência nos últimos dois dias. Pelo menos 25 pessoas, entre as quais vários polícias, morreram e mais de 600 ficaram feridas.

Paulo Machado, que é advogado e estava de férias no Nepal partilhou o seu testemunho nas redes sociais.

Através da sua conta Travel Adicted, no Instagram, o português revelou que "está tudo tomado pelos militares".

"Não há comida, não há qualquer tipo de serviço, nem se pode sair à rua. Não temos qualquer ajuda da embaixada", denunciou Paulo Machado, que terá fugido apenas com o telemóvel e passaporte, com a ajuda dos funcionários do hotel, que ficou consumido pelas chamas.

Tal como lembra o advogado, o Exército do Nepal, assumiu, entretanto, o controlo da segurança do país e anunciou o recolher obrigatório a nível nacional até quinta-feira, após a violenta onda de protestos que forçou a renúncia do governo.

Nos stories de Paulo Machado é possível ver vários edifícios a fumegar, pessoas a fugir e os militares a vigiar as ruas de Katmandu.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português indicou ao Notícias ao Minuto que já identificou 34 cidadãos nacionais no Nepal, através do contacto estreito com a embaixada em Nova Deli e, localmente, com o Cônsul Honorário em Kathmandu.

Recorde-se que, nos últimos dias, dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas da capital do Nepal para expressar a sua indignação contra a decisão das autoridades de bloquear a maioria das redes sociais, incluindo o Facebook, o X e o YouTube, alegando que as empresas não se registaram e não se submeteram à supervisão governamental.

O protesto da 'Geração Z', como está a ser chamada esta manifestação, em referência às pessoas nascidas entre 1995 e 2010, que é a geração dos principais opositores da decisão governamental, apela também ao "fim da corrupção".

Segundo a imprensa internacional, a polícia nepalesa reprimiu de forma violenta as manifestações, acabando por matar, pelo menos, 19 civis.

Leia Também: Líder da oposição nepalesa libertado da prisão durante protestos

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