O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou, esta terça-feira, que considera que a moção de censura apresentada "não teve como objetivo ajudar as vítimas" da tragédia do Elevador da Glória, nem as suas famílias.
"Estive onde tinha de estar: junto de pessoas, a liderar, a decidir, a coordenar. E, nesse momento, a minha prioridade foi clara: estar no terreno e garantir todos os recursos que estavam no sítio certo", escreveu na rede social X (antigo Twitter).
Carlos Moedas salienta que as suas prioridades passaram por "tomar decisões difíceis, coordenar". "Foi decidir que se abrisse imediatamente uma investigação não só interna, mas externa. Foi estar no terreno a tomar decisões".
"É por isso que considero que a moção de censura hoje aqui apresentada não teve como objetivo ajudar as vítimas nem as suas famílias", concluiu.
Estive onde tinha que estar: junto das pessoas, a liderar, a decidir, a coordenar.
— Carlos Moedas (@Moedas) September 9, 2025
E nesse momento a minha prioridade foi clara: Estar no terreno e garantir que todos os recursos estavam no sítio certo.
Foi tomar as decisões difíceis.
Foi coordenar.
Foi decidir que se abrisse…
Sublinhe-se que, esta terça-feira, a Assembleia Municipal de Lisboa (AML) esteve reunida depois de ter sido apresentada uma moção de censura pelo Chega ao presidente lisboeta.
A AML rejeitou a moção. Entre os 75 deputados municipais, votaram contra PSD, IL, MPT, Aliança e CDS-PP, abstiveram-se BE, Livre, PEV, PCP, dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PS e PAN, e votaram a favor PPM e Chega.
Na reunião, Carlos Moedas afirmou que "Lisboa nunca precisou tanto de liderança. Lisboa tem essa liderança. A liderança não é só para os bons momentos".
"A liderança não é ir a correr para os platôs das televisões, não é para formalismos e para reuniões. A liderança é tomar decisões certas nos momentos certos", disse.
De recordar que, nos últimos dias, o autarca lisboeta tem estado 'debaixo de fogo' depois de ter dado a sua primeira entrevista sobre a tragédia do Elevador da Glória.
"Se alguém provar que alguma ação que eu tenha tido, algo que eu tenha feito como presidente da câmara, em relação a esta empresa, levou a que esta empresa não gastasse o suficiente em manutenção, que esta empresa não fizesse aquilo que tinha de fazer, eu demito-me no dia", assegurou na antena da SIC Notícias, referindo que não é ele quem "está a gerir" a Carris.
Da Direita à Esquerda, foram várias as personalidades que reagiram. Há quem acuse o presidente da Câmara Municipal de Lisboa de se vitimizar e de fazer política através do "ataque pessoal". Mas há também quem o defenda.
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