Um homem foi acusado dos crimes de sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver, detenção de arma proibida e tráfico de menor gravidade pelo Ministério Público (MP). Os crimes estão relacionados com a morte de um homem, cujo corpo foi encontrado a arder dentro de um caixote do lixo numa praia, no Seixal.
Segundo uma nota, divulgada esta sexta-feira pela Procuradoria da República da Comarca de Lisboa, um outro homem foi também acusado pela prática do crime de profanação de cadáver.
De acordo com a acusação, "o principal arguido utilizava a vítima para obter dinheiro através de esquemas fraudulentos" e, quando a vítima não lhe entregava o dinheiro que obtinha, "castigava-a".
Em dezembro de 2024, o arguido "traiu o ofendido à sua residência e manteve-o retido, por tempo indeterminado e até que o mesmo pagasse uma dívida".
Mas, em janeiro de 2025, novamente por causa de dívidas, "o arguido decidiu, por vingança, matar a vítima". O crime ocorreu no dia 29 de janeiro e a vítima foi baleada com um tiro na cabeça no interior da habitação do arguido, em Fernão Ferro.
Após o crime, com ajuda do segundo arguido, o homem "transportou o cadáver na bagageira de um automóvel para a zona da praia da Ponta dos Corvos", no concelho do Seixal, e colocou-o num caixote do lixo.
Depois, ateou fogo ao corpo, "carbonizando-o, para o eliminar, evitar a sua identificação e, dessa forma, impedir a descoberta da autoria do crime".
Além disso, indica a procuradoria, o arguido tinha na sua posse armas para as quais não tem licença de uso e porte e estupefaciente.
O principal arguido encontra-se em prisão preventiva.
O inquérito foi dirigido pelas secções do Seixal do Departamento de Investigação e Ação Penal, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, acrescenta a nota.
Sublinhe-se que, na altura em que foi descoberto o corpo, fonte da Polícia Marítima de Lisboa informou ao Notícias ao Minuto que o cadáver estava "carbonizado" e em "decomposição", não sendo possível confirmar o género da pessoa encontrada.
A informação foi recebida pela Polícia de Segurança Pública, indicando que "um popular tinha avistado um corpo em avançado estado de decomposição no interior de um caixote do lixo" naquela zona do distrito de Setúbal, que encaminhou o caso para a Polícia Marítima que, por sua vez, enviou o piquete para o local da ocorrência.
O caso foi depois encaminhado para a Polícia Judiciária.
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