Terminamos por aqui o acompanhamento AO MINUTO sobre o acidente com o Elevador da Glória.

A família de Ana Paula Lopes, uma das funcionárias da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que perdeu a vida no trágico acidente do Elevador da Glória, pediu privacidade no dia do funeral que aconteceu este sábado.

De acordo com a SIC Notícias, que cita uma vizinha, a família perdeu outro filho há dois anos.

Em entrevista ao mesmo canal, um antigo guarda-freio, também natural daquela localidade, revelou sentir-se "muito triste" com as mortes, dizendo ainda que Ana Paula Lopes era "muito amiga".

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O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu hoje "uma responsabilização" na sequência do acidente mortal com o elevador da Glória, mas recusou uma "caça às bruxas".

"Eu acho que devemos assumir as responsabilidades no final do inquérito, mas o inquérito não se pode prolongar eternamente e nós não nos podemos esquecer depois de assumir essas responsabilidades, sejam elas quais forem. Até pode haver responsabilidades criminais, responsabilidades que tenham a ver com negligência, responsabilidades eventualmente políticas, em termos da gestão política, do que eram as prioridades dentro do que era a Carris", afirmou.

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A empresa responsável pela manutenção do elevador da Glória, em Lisboa, considerou hoje "prematura" qualquer conclusão nesta fase, acrescentando que o ascensor foi considerado "em condições adequadas de funcionamento" após a inspeção realizada na manhã do dia do acidente.

"Qualquer conclusão nesta fase seria prematura, mas aquilo que podemos confirmar é que o Elevador da Glória foi alvo de uma inspeção na manhã de quarta-feira [03 de setembro], tendo nessa ocasião sido considerado em condições adequadas de funcionamento", refere, numa nota enviada à agência Lusa pelo advogado da MNTC - Serviços Técnicos de Engenharia, Lda.

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A Carris vai batizar um elétrico articulado com o nome de André Marques, o guarda-freio que morreu na sequência do descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, adiantou hoje a empresa de transportes.

Numa curta nota, a empresa explica que o elétrico faz parte da nova frota e que o propósito da iniciativa é "honrar o André, em reconhecimento do seu profissionalismo e dedicação ao serviço da empresa e da cidade".

"A sua lealdade, amabilidade e simpatia perante o próximo foram sempre inexcedíveis", acrescenta.

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O guarda-freio do elevador que descarrilou acionou os travões automático e manual para tentar suster o movimento de descida, mas essas ações não surtiram efeito e a carruagem continuou em aceleração até se descarrilar 170 metros depois.

A Nota Informativa (NI) do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), hoje publicada e a que a Lusa teve acesso, estima que o embate da carruagem do elevador da Glória, em Lisboa, contra um edifício tenha ocorrido a "uma velocidade da ordem dos 60" quilómetros hora e que todo o evento tenha "decorrido num tempo inferior a 50 segundos".

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O plano de manutenção do elevador da Glória, em Lisboa, "estava em dia" e na manhã do acidente foi feita uma inspeção visual programada, que não detetou qualquer anomalia no cabo ou nos sistemas de travagem das duas carruagens.

Segundo o GPIAAF, "o ascensor está sujeito a um plano de manutenção a cumprir pelo prestador de serviços, o qual prevê variados níveis de intervenção com periodicidades diferenciadas, de acordo com o âmbito e extensões das intervenções".

Estes níveis de intervenção vão, explica este organismo público, desde grandes revisões a cada quatro anos até inspeções visuais diárias rotineiras aos elementos de segurança visíveis, com diversas outras inspeções e intervenções com periodicidade intermédia.

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O relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), divulgado este sábado, confirma que "o cabo que unia as duas cabinas cedeu no seu ponto de fixação dentro do trambolho superior da cabina n.º 1".

"Do estudo feito aos destroços no local, foi de imediato constatado que o cabo que unia as duas cabinas cedeu no seu ponto de fixação dentro do trambolho superior da cabina n.º 1 (aquela que iniciou a viagem no cimo da Calçada da Glória). O restante cabo, o volante de inversão e as polias onde este desenvolve o seu trajeto encontravam-se lubrificadas e sem anomalias aparentes. O cabo no trambolho superior da cabina n.º 2 encontrava-se também sem anomalias aparentes", pode ler-se.

Cabo "cedeu no ponto de fixação" da cabina que descarrilou, diz GPIAAF

O cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória "cedeu no seu ponto de fixação" da carruagem que descarrilou, revelou hoje o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

Lusa | 20:04 - 06/09/2025

O candidato presidencial liberal João Cotrim de Figueiredo considerou hoje que o vereador com o pelouro da Carris deve ser afastado caso se conclua que o acidente com o elevador da Glória resultou das opções políticas da Câmara de Lisboa.

O eurodeputado e antigo líder da IL defendeu que, antes de assacar responsabilidades políticas, é necessário perceber o que se passou a nível técnico e o que provocou este descarrilamento que provocou 16 mortos e 23 feridos.

"Se se vier a apurar que as responsabilidades técnicas tiveram a ver com a forma como os políticos da autarquia organizaram esses serviços, acho que o responsável por essa decisão tem que ser responsabilizado. E, neste caso, dada a dimensão da tragédia, tem obviamente que ser afastado", defendeu.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegou ao funeral de André Marques, o guarda-freio do Elevador da Glória, que se realiza em Sarnadas de São Simão, Oleiros.

Note-se que o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, também está presente nas cerimónias fúnebres, em representação do Governo. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, também se encontra no funeral.

Recorde-se que André Marques foi a primeira vítima mortal a ser confirmada após o descarrilamento do Elevador da Glória, na passada quarta-feira.

Blandine Daux, casada com o canadiano André Bergeron, é a vítima mortal francesa do acidente com o Elevador da Glória, de acordo com a imprensa francesa.

Blandine Daux residia há mais de 20 anos no Canadá. O casal estava em Portugal para festejar o aniversário de Bergeron, assim como a sua entrada na reforma.

Nous avons la confirmation du décès d’une de nos compatriotes dans le tragique accident survenu hier à Lisbonne.

Nous adressons toutes nos pensées à sa famille et à ses proches. L’ambassade se tient à leur disposition pour les accompagner.

— Jean-Noël Barrot (@jnbarrot) September 5, 2025

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai estar presente, este sábado, nas cerimónias fúnebres das vítimas do acidente do Elevador da Glória.

O Presidente da República acompanha, durante o dia de hoje, as cerimónias fúnebres de vítimas do acidente do Elevador da Glória, tendo estado da parte da manhã, em Lisboa, no velório de Sandra Coelho, funcionária da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa", informou a Presidência da República.

Já da parte da tarde, Marcelo Rebelo Sousa estará em Vergão, Proença-a-Nova, "na missa e funeral de Beatriz Silvano, também funcionária da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa". Às 18h30, marcará presença "na missa e funeral de André Marques, guarda-freios do Elevador da Glória", em Sarnadas de São Simão, Oleiros.

Pedro Bogas, o presidente da Carris, colocou o lugar à disposição na noite de quarta-feira - o dia em que ocorreu a tragédia no Elevador da Glória que fez 16 vítimas mortais, avança a CNN Portugal. 

O autarca lisboeta, Carlos Moedas, não aceitou. "Aqui ninguém foge", terá dito Moedas perante o pedido de demissão. 

A Secretaria de Estado da Mobilidade considerou hoje não haver na lei portuguesa razão para que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes fiscalize os quatro ascensores de Lisboa, embora supervisione os de Santa Justa e da Bica.

O jornal Público avança, na edição de hoje, que os elevadores históricos da Glória e do Lavra nunca foram fiscalizados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária (ANSF), ao contrário dos ascensores da Bica e de Santa Justa.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que tem a tutela da ANSF, disse ao jornal que, de acordo com legislação aprovada em 2020, deixou de ter competências de supervisão de "sistemas de transporte por cabo" construídos antes de 1986 e classificados como património.

Segundo uma nota da Secretaria de Estado da Mobilidade enviada à Lusa, até julho de 2020, a legislação nacional do transporte por cabo "excluía do seu âmbito de aplicação os carros elétricos movidos por cabo, dos quais são exemplos, em Lisboa, os elevadores da Glória e do Lavra".

Essa legislação incluía, no entanto, os elevadores de Santa Justa e da Bica, "que não são carros elétricos", precisa a mesma nota.

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Catarina Furtado não ficou indiferente à tragédia que ocorreu esta quarta-feira, 3 de setembro, em Lisboa. O Elevador da Glória descarrilou matando 16 pessoas e mais de 20 feridos. 

Leia aqui:

Catarina Furtado: "A tragédia do Elevador da Glória ficará na história"

Catarina Furtado reagiu nas redes sociais à tragédia do descarrilamento do Elevador da Glória que provocou a morte de 16 pessoas. A apresentadora relembrou ainda a juventude passada na zona do acidente.

Notícias ao Minuto | 13:59 - 06/09/2025

As identidades de duas vítimas que viviam no Canadá e que morreram no acidente no Elevador da Glória já são conhecidas. Tratam-se dos arqueólogos André Bergeron e Blandine Daux, casados há mais de vinte anos e com dois filhos.

A confirmação é dada pelo irmão de Bergeron, que falou com a CBC News, antes de voar para Portugal com os filhos do casal.

"É um choque total. Há 48 horas se alguém me dissesse que eu estaria aqui, eu nunca teria acreditado", confessa Eric Bergeron.

"O meu irmão estava aqui de férias com a mulher. Eles estavam a aproveitar a felicidade perfeita, até que, no último dia de férias em Portugal, morreram num acidente de funicular. Foi um choque, um choque profundo", lamenta Eric.

O irmão da vítima soube do acidente já na quarta-feira à noite enquanto via o noticiário na televisão. Sabendo que o irmão se encontrava na capital portuguesa, enviou-lhe mensagem - mas não teve resposta.

Mais tarde, já na quinta-feira, Eric acabou por ter a confirmação: o irmão e a cunhada tinham morrido no acidente. Os filhos de ambos são agora órfãos.

André Bergeron, canadiano, era um conservador especializado em arqueologia e trabalhava no Centro de Conservação do Quebec, no Canadá. A mulher, Blandine Daux, era francesa, com residência permanente no Canadá. Também foi restauradora de objetos patrimoniais no Centre de Conservação do Québec, onde trabalhou quase 22 anos.

Ambos eram considerados figuras de destaque dentro do seu meio. Bergeron tinha-se reformado há pouco tempo.

Casal que vivia no Canadá morre no Elevador. Celebravam anos (e reforma)

André Bergeron e Blandine Daux, casados há mais de vinte anos e com dois filhos, estavam no último dia de férias em Portugal quando decidiram andar no Elevador da Glória. Eram arqueólogos de renome no Canadá.

Carolina Pereira Soares | 14:56 - 06/09/2025

Heather Hall era professora na Universidade de Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, e, à semelhança de outras vítimas no descarrilamento do Elevador da Glória, estava apenas de visita a Portugal.

A professora encontrava-se em Lisboa para uma palestra - que não teve oportunidade de dar.

© Heather Hall/Facebook

A identidade da norte-americana foi confirmada na sexta-feira pela própria universidade, num e-mail enviado ao corpo estudantil, segundo a News4.

De acordo com a instituição, Hall fazia parte do Departamento de Educação da faculdade e era especializada em literacia e educação para necessidades especiais.

Em comunicado, a diretora da escola de educação, Fran Welch considerou que foi "uma perda trágica para todos nós".

"Como uma alumni da universidade e uma instrutora dinâmica com uma especialização em educação para necessidades especiais, ela partilhava o seu amor pelas viagens com os seus alunos. A sua energia, bondade e foco nos seus estudantes vão deixar saudades profundas."

A família de Hall já reagiu à notícia, numa declaração enviada ao News4 na sexta-feira à noite: "Heather Lynn Hall, uma filha, irmã, mãe, educadora e ativista amada, faleceu fazendo o que fazia de melhor - a viver a vida ao máximo, com ousadia e com o coração aberto para o mundo".

"Ela não tinha apenas amigos - tinha ligações profundas com pessoas que se sentiam verdadeiramente vistas e apreciadas por ela. Conhecer Heather era ser conhecido e amado em troca", afirmou a família de Hall.

A professora deixa "duas crianças incríveis", nas quais "acreditava com todo o seu coração", querendo acima de tudo "que vivessem as suas vidas ao máximo - encontrando o seu propósito, confiando em si mesmas, e abrindo-se à alegria, aventura e à possibilidade selvagem e maravilhosa da vida".

© Heather Hall/Facebook

Professora e mãe: A americana que morreu no Elevador da Glória

A família da vítima já reagiu à notícia: "Heather Lynn Hall, uma filha, irmã, mãe, educadora e ativista amada, faleceu fazendo o que fazia de melhor - a viver a vida ao máximo, com ousadia e com o coração aberto para o mundo".

Carolina Pereira Soares | 15:20 - 06/09/2025

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) terá enviado uma carta aos trabalhadores da CML após o descarrilamento do Elevador da Glória, garantindo que "a manutenção do equipamento estava a ser feita com a regularidade prevista" e que "os gastos na manutenção do equipamento da Carris" aumentaram "em 25% nos últimos três anos". 

A informação é do Público, que teve acesso à carta onde Carlos Moedas afirmou ainda que "a inspeção diária foi feita nas devidas condições; a manutenção do equipamento estava a ser feita com a regularidade prevista; para além dos gastos na manutenção do equipamento da Carris terem aumentado em 25% nos últimos três anos, nada indicaria a possibilidade da tragédia que aconteceu."

Segundo as contas do mesmo jornal, os relatórios da Carris indicam que houve um crescimento de 3,83% nos custos desde 2022 com a manutenção do "modo elétrico" - um valor bastante aquém dos 25% em que Moedas fala.

Em resposta ao Público, a CML esclarece que o valor de que o autarca fala se refere a "custos de manutenção globais". Nomeadamente, custos diretos, ou seja "contratos de manutenção" e indiretos "que resultam da imputação dos custos internos da empresa com manutenção".

"Após a verificação e inspeção pelos serviços da CML [Câmara Municipal de Lisboa] e da Proteção Civil Municipal, foi também possível aferir as totais condições de segurança do edificado atingido pelo acidente", pode ler-se numa nota da Proteção Civil Municipal enviada à Lusa.

Segundo a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Margarida Castro Martins, antes da total abertura da via "será ainda necessário aguardar pela secagem do pavimento para se poder iniciar a recalcetagem dos passeios, o que se espera terminar domingo ao início da tarde".

"Será ainda necessário uma posterior intervenção no sistema de drenagem pluvial que só se poderá realizar previsivelmente na segunda-feira durante a manhã após consolidação da via", precisou ainda.

Edifício em que embateu elétrico com "totais condições de segurança"

O edifício em que embateu um dos elétricos do Elevador da Glória, em Lisboa, possui "totais condições de segurança", revelou a Proteção Civil Municipal, antecipando que no domingo seja possível abrir uma via pedonal e acesso ao comércio.

Lusa | 10:19 - 06/09/2025

O presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Miguel Marques, recorda o guarda-freio do Elevador da Glória, natural deste concelho, que morreu no descarrilamento, como uma "pessoa muito querida" e "sorridente".

André Marques "sempre que podia regressava aqui à sua terra natal [Sarnadas de S. Simão] e era uma pessoa muito querida aqui na comunidade. Era participativo, era uma pessoa bem disposta, sempre sorridente", afirma o autarca, em entrevista à SIC Notícias, que era um familiar distante do guarda-freio e que chegou a conviver com ele por diversas vezes.

"O André é mais novo do que eu, mas eu conhecia-o e tive a oportunidade de estar várias vezes com ele. A última das quais há cerca de três semanas aqui numa festa popular", conta Miguel Marques.

O autarca diz que estava a acompanhar o acidente nas televisões na quarta-feira à noite quando recebeu uma chamada, não oficial, a afirmar que André Marques era o guarda-freio na altura e que teria morrido no acidente.

Miguel Marques diz que tentou "logo contatar os familiares", apesar de ainda não haver certezas, mas que o "pior aconteceu: a notícia confirmou-se com o falecimento do André".

O funeral daquela que foi a primeira vítima confirmada da tragédia do Elevador da Glória acontece este sábado às 18h30, mas os amigos e familiares de André Marques já começam a chegar ao local para o último adeus. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, vai estar na cerimónia.

Na sexta-feira ao início da tarde, o Presidente da República marcou presença na capela mortuária da Basílica da Estrela, onde se realizou o velório do guarda-freio.

Para já, o autarca de Oleiros afasta futuras homenagens ao homem, considerando que "o que importa é preservar a privacidade da família e respeitar o momento de dor e consternação dos mesmos".

Depois, em articulação com a família, o município poderá planear algo em honra de André Marques.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) lamentou hoje que Portugal não tenha uma "cultura de simulacro" para avaliar os riscos dos equipamentos públicos e defendeu mais vistorias regulares da proteção civil.

Comentando o descarrilamento, na quarta-feira, do Elevador da Glória, em Lisboa, que causou 16 mortos e 23 feridos, Fernando Curto elogiou a decisão da Câmara de suspender os outros equipamentos do género para vistorias, mas lamentou que só depois de um acidente se pense na fiscalização. 

O presidente da ANBP defendeu "um calendário cíclico e normal" para que os bombeiros e outras entidades "possam fazer, de quando em vez, as vistorias e o acompanhamento a estes locais".

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O vice-presidente e vereador para a mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, critica os pedidos de demissão a Carlos Moedas, presidente da autarquia, considerando que se tratam de tentativas de "aproveitamento político".

"Para mim é estranho, que estando nós a viver este momento de luto ainda - ainda muitos corpos não saíram sequer das morgues - e nós estamos já ávidos de deslocar o que estamos a viver para o plano político. É claramente um aproveitamento que tem de ser dito. E é inaceitável", afirma em entrevista à SIC Notícias na noite de sexta-feira.

O vice-presidente da autarquia de Lisboa considera que "há um momento de dor e consternação e há um momento de apuramento de responsabilidades", defendendo que, nesta altura, há que deixar as autoridades competentes fazerem o seu trabalho sem "intervenção política".

Questionado se Carlos Moedas não se tem tentado esconder de prestar declarações, Anacoreta Correia afasta a ideia e não comenta se o autarca está a ponderar demitir-se.

"A equação da demissão tem de lhe perguntar a ele", responde.

E acrescenta: "Ele não pode, não deve, e eu até lhe peço que não se demita porque isso seria uma grande irresponsabilidade, no meu entender".

"Não há nada que se tenha sugerido relativamente a uma responsabilidade politica, de uma área que não é sequer tutelada pelo engenheiro Carlos Moedas", defende Anacoreta Correia, o próprio que tem a pasta da mobilidade e que, nela, inclui a Carris.

"Se é para apurar responsabilidades políticas elas devem ser apuradas em mim", admite o vice-presidente.

O vereador considera que o facto de ninguém ter apontado o seu nome como responsável político pelo acidente, ou, no mínimo, alguém que tem de prestar declarações, mostra que "não se está a pedir responsabilidade política ao responsável. Está-se a pedir por fins meramente eleitorais, por um oportunismo inaceitável em tempo de luto".

O acidente, que está a ser investigado por várias entidades, morreram e ficaram feridas pessoas de várias de nacionalidades e o Governo decretou um dia de luto nacional, que foi cumprido na quinta-feira. A Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre quinta-feira e sábado.

O elevador da Glória, composto por duas cabines elétricas motorizadas e sincronizadas por cabo, descarrilou cerca das 18h00 de quarta-feira e, cerca de cinco minutos depois, estavam no local o Regimento Sapadores Bombeiros e o INEM, que iniciaram de imediato as operações de salvamento e desencarceramento das vítimas.

O acidente provocou 16 mortos - cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês - que foram identificados pela Polícia Judiciária e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Saiba todos os contornos (conhecidos) deste acidente aqui.

Os elevadores históricos da Glória e do Lavra nunca foram fiscalizados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária (ANSF), ao contrário dos ascensores da Bica e de Santa Justa, avança o Público na edição de hoje.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que tem a tutela da ANSF, disse ao jornal que, de acordo com legislação aprovada em 2020, deixou de ter competências de supervisão de "sistemas de transporte por cabo" construídos antes de 1986 e classificados como património.

Pelo contrário, o IMT continuou a fiscalizar os ascensores da Bica e de Santa Justa, mas apenas como "um gesto de boa vontade e boa cooperação" com a Carris, que opera os quatros elevadores históricos de Lisboa.

Saiba mais aqui.

Kayleigh Smith, de 36 anos, e o parceiro, Will Nelson, de 44 anos, são duas das vítimas britânicas causadas pelo descarrilamento do Elevador da Glória.

A mulher era diretora do Teatro MADS em Cheshire, em Inglaterra. Numa nota no 'site' da instituição, o teatro descreve-a como "uma amiga querida de muitos e que vai deixar saudades profundas".

A terceira vítima britânica seria um homem de 82 anos, segundo o The Telegraph.

"Artísticos" e "cheios de vida": O casal britânico que morreu no elétrico

O casal decidiu apanhar o Elevador da Glória já no fim da tarde do seu primeiro dia de férias em Lisboa e acabou por morrer no descarrilamento. São duas das três vítimas britânicas do acidente. A terceira, sabe-se também, era um homem de 82 anos, cujo nome não foi revelado.

Carolina Pereira Soares | 09:31 - 06/09/2025

O líder parlamentar socialista defendeu hoje que o presidente da Câmara de Lisboa "sabe qual é a única decisão" a tomar "para manter a coerência política" depois de, em 2021, ter exigido a Fernando Medina que se demitisse.

"O engenheiro Carlos Moedas sabe que, em consciência e em coerência, não tem muitas alternativas e por isso percebo o incómodo, o momento é de grande, grande tristeza, mas nós conhecemos bem aquilo que Carlos Moedas exigiu ao presidente da Câmara Fernando Medina, e por isso eu penso que a consciência dele lhe pede, em coerência com aquilo que disse, que tome uma decisão", respondeu Eurico Brilhante Dias aos jornalistas no final de uma reunião com o Governo.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente no velório de Ana Paula Lopes, uma das vítimas do acidente no Elevador da Glória. A cerimónia decorreu na tarde de sexta-feira na Igreja de Santo Eugénio, em Lisboa.

Marcelo esteve também presente na capela mortuária da Basílica da Estrela ao início da mesma tarde, onde se realizou o velório de André Marques, o guarda-freio do elevador.

Durante a manhã, o Presidente esteve numa missa de homenagem às vítimas mortais da Santa Casa da Misericórdia.

A nota informativa sobre as constatações iniciais ao acidente com o elevador da Glória, em Lisboa, prevista para ser divulgada hoje, só será divulgada na tarde de sábado.

"Atendendo a que, como é do conhecimento público, a remoção dos veículos e destroços envolvidos no acidente se prolongou por toda a noite e madrugada e que o GPIAAF teve também a necessidade de acompanhar, esta tarde, diligências adicionais promovidas pelo Ministério Público, que terminaram há pouco, não é possível proceder hoje à publicação da Nota Informativa. A sua publicação será feita durante a tarde de amanhã, sábado", explicou na tarde de sexta-feira, à agência Lusa, fonte deste organismo público.

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O deputado municipal do Chega e candidato à Câmara de Lisboa Bruno Mascarenhas anunciou hoje a apresentação de uma moção de censura ao executivo da câmara de Lisboa, exigindo responsabilidades pelo acidente com o elevador da Glória.

"Fizemos um documento que é uma moção de censura a este executivo, para ser discutido precisamente na próxima terça-feira. O engenheiro Moedas, se assim o entender, se não faltar, estará em condições de debater connosco esta questão", afirmou Bruno Mascarenhas, deputado municipal e candidato à Câmara de Lisboa pelo partido.

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O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, provocou 16 vítimas mortais e mais de 20 feridos de várias nacionalidades. 

Na manhã de sexta-feira, a PJ emitiu um comunicado a informar que foram identificadas como vítimas mortais cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês.

As autoridades acreditavam que o alemão seria o pai de um menino de três anos que sofreu ferimentos ligeiros e foi socorrido por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP). Apurou-se, depois, que o homem está vivo e internado no Hospital de São José.

Quem são as vítimas de "uma das maiores tragédias humanas" de Portugal?

O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, provocou 16 vítimas mortais e mais de 20 feridos de várias nacionalidades. Segundo as autoridades, já foi determinada oficialmente a identidade de oito mortos.

Márcia Guímaro Rodrigues | 08:32 - 05/09/2025

Bom dia!  Iniciamos aqui mais um Ao Minuto de acompanhamento do descarrilamento com o Elevador da Glória, em Lisboa, que causou 16 mortos e 20 feridos, até ao momento.

Recorde os momentos e reações que marcaram o dia de ontem:

AO MINUTO: Esclarecimento adiado; Moedas sabe "qual a decisão a tomar"

Acompanhe aqui AO MINUTO todas as incidências e reações ao descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa.

Notícias ao Minuto | 07:41 - 05/09/2025