Em declarações à Lusa, Margarida Castro Martins, responsável da Proteção Civil Municipal de Lisboa, explicou que a vistoria técnica ao edifício cuja empena caiu, o número 41 da rua do Sol à Graça, "está instável pelo que vai ser estabilizado com escoramento. No outro lado, no 39, os habitantes já voltaram todos para casa, do r/c, 1.º e 2.º andar".
Segundo a responsável, do n.º 41 foram alojadas pela autarquia em unidade hoteleira duas famílias, pelo que "oito [pessoas] voltaram às suas casas e oito continuam fora".
Margarida Castro Martins adiantou que o problema não foi dentro das casas, avançando que a fissura visível "teve a ver com a estabilidade estrutural do edifício e com a segurança estrutural do edifício", acrescentando que quem fez "a avaliação técnica da engenharia concluiu que não há segurança a nível de estabilidade estrutural".
De acordo com a responsável, vai ser agora dado início aos trabalhos de estabilização da empena caída, de limpeza da via e limpeza dos destroços, de forma a tentar entender "um bocadinho as origens" do que é que provocou o incidente.
"Só (...) depois esta obra continuará os seus trabalhos", frisou a responsável, adiantando que a obra "está licenciada" e está a ser acompanhada pela Direção Municipal do Urbanismo, ou seja, pela fiscalização da Câmara.
Cerca das 12h00, Margarida Castro Martins deu conta aos jornalistas no local ter já terminado a "vistoria técnica", com o apoio do empreiteiro responsável pela obra que provocou a derrocada esta madrugada.
"Foi feita a vistoria aos dois edifícios, foi feita a avaliação de condições de segurança e de habitabilidade e, neste momento, das 16 pessoas desalojadas, oito já regressaram às suas habitações", disse a responsável.
De acordo com a responsável, a via ficará cortada "mais algum tempo, não em toda a sua extensão, mas na zona" do incidente, para que não haja risco.
Cerca de 16 pessoas ficaram, esta madrugada, desalojadas devido à queda da fachada lateral de um prédio antigo vizinho, pelas 03h00, na rua do Sol à Graça, freguesia de São Vicente, em Lisboa.
A queda da estrutura não causou vítimas, mas os habitantes de prédios vizinhos foram desalojados por as suas casas terem ficado sem condições de habitabilidade, tendo a lateral de um dos edifícios ficado destruída com os pertences a céu aberto, de acordo com a primeira informação prestada à Lusa pelos Sapadores Bombeiros.
O edifício antigo que ruiu estava a ser recuperado.
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