Dezasseis pessoas morreram nas praias da costa portuguesa entre o dia 1 de maio e o dia 31 de agosto, sendo que a maioria, segundo o balanço da Autoridade Marítima Nacional (AMN), foi por afogamento.
Os dados da AMN, divulgados esta terça-feira, dizem que houve 10 afogamentos mortais durante a época balnear deste ano: três em praias marítimas vigiadas, cinco em zonas não vigiadas e duas fora do período de vigilância.
Estas ocorreram em maio e foram de duas crianças morreram afogadas, na Praia de Pedrógão (distrito de Leiria), na altura sem vigilância.
Outras cinco pessoas morreram devido a doenças súbitas quando estavam na praia, sendo que apenas uma se encontrava numa zona sem vigilância.
Há ainda a registar um acidente mortal, cuja causa é desconhecida, e que aconteceu também numa zona não vigiada.
Metade dos óbitos registados, ou seja, oito pessoas, aconteceu ao longo do mês de agosto, cinco em julho e três em junho. Portanto, em maio, a AMN não registou nenhuma vítima mortal nas praias portuguesas.
A autoridade acrescenta ainda que ao longo destes quatro meses de época balnear, foram realizados 1.007 salvamentos e 3.561 ações de primeiros socorros.
Contatada pela Lusa, a Autoridade Marítima Nacional apelou à frequência de praias vigiadas, destacando que sete dos dez afogamentos ocorreram em zonas sem vigilância.
A entidade pede ainda às pessoas que respeitem as bandeiras expostas e os vigilantes das praias, sendo estes nadadores salvadores, autoridades, entre outros responsáveis.
A autoridade marítima informou ainda que é necessária a "vigilância permanente às crianças", alertando para as duas crianças que morreram, na Praia de Pedrógão, no distrito de Leiria, em maio.
A época balnear termina no final de setembro.
Em 2024, houve apenas quatro mortes em praias durante a época balnear
Em comparação com o ano passado, o número de mortos na praia aumentou exponencialmente. Em 2024, a AMN registou apenas quatro vítimas mortais e nenhuma delas se deveu a afogamentos.
Na sua maioria, estes óbitos deveram-se a doenças súbitas, sendo que apenas um tem causas desconhecidas.
O ano passado, o número de salvamentos realizados também foi bastante inferior com 667 registados (ou seja, menos 340 do que este ano), assim como, o número de ações de primeiros socorros, que foram 3.017 (menos 544 do que em 2025).
Jovem de 17 anos morreu afogado em Carcavelos
Uma das vítimas mortais este ano foi um jovem de 17 anos, que se afogou na praia de Carcavelos, durante o mês de julho, após ter sido arrastado pela corrente, juntamente com três outras pessoas.
No local, foi possível constatar que "três das vítimas tinham sido prontamente resgatadas pelos nadadores-salvadores" e encontravam-se "bem fisicamente, sem necessidade de assistência médica", refere uma nota da AMN.
"Os três banhistas alertaram para uma quarta pessoa que teria sido arrastada. Os nadadores-salvadores localizaram a vítima, um jovem de 17 anos, e resgataram a mesma para o areal, onde iniciaram manobras de reanimação até à chegada dos elementos do INEM, que deram continuidade às mesmas", continua.
O jovem foi "encaminhado, em estado muito grave, para uma unidade hospitalar, onde foi declarado o óbito".
O rapaz em questão, era Jorge Saraiva, um jogador de futebol.
Jovem que morreu em Carcavelos era jogador de futebol. Clubes já reagiram
Jovem de 17 anos que morreu afogado na praia de Carcavelos, jogou em dois clubes de futebol no concelho de Sintra, passando pelo CD Agualva e, depois, pelo FC O Despertar, emblema que representava atualmente.
Davide Rodrigues Araújo | 12:48 - 16/07/2025Leia Também: Banhos desaconselhados na praia de Matosinhos devido a contaminação
