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Polícia famoso é suspeito da morte da mulher 58 anos após crime

Um polícia norte-americano famoso e respeitado, que chegou mesmo a inspirar um filme de Hollywood, transformou-se, 58 anos após o crime, no principal suspeito da morte da mulher. O homicídio foi atribuido, durante décadas, aos seus inimigos.

Polícia famoso é suspeito da morte da mulher 58 anos após crime

© Evening Standard/Hulton Archive/Getty Images

Natacha Nunes Costa
02/09/2025 11:40 ‧ há 16 horas por Natacha Nunes Costa

O assassinato de Pauline Mullins Pusser, mulher do famoso e respeitado polícia Buford Pusser, do Tennessee, nos Estados Unidos da América (EUA), foi, durante décadas, atribuído aos inimigos do agente. No entanto, 58 anos após o crime, as autoridades chegaram à conclusão que, afinal, é ele o principal suspeito do homicídio.

 

De acordo com a NBC News, o caso foi reaberto após uma revisão, que considerou o depoimento de Buford Pusser como "incompatível" com as análises forenses.

Na passada sexta-feira, após vários meses de investigação, as autoridades anunciaram que encontraram "evidências suficientes" para concluir que o agente,  que, entretanto, já morreu, matou a mulher, no dia 12 de agosto de 1967, com um tiro, e levou a acreditar que ela foi morta pelos "inimigos".

Além disso, segundo os investigadores, Pauline, que tinha 33 anos quando foi assassinada, sofreria de violência doméstica às mãos do lendário polícia.

"Não se trata de destruir uma lenda, mas de dar dignidade e descanso a Pauline e à família desta. Assim como de garantir que a verdade não é enterrada com o tempo. Fazer justiça importa, mesmo quando isso só acontece após cinco décadas", disse o responsável pela investigação, Mark Davidson, numa conferência de imprensa transmitida online, na passada sexta-feira, a partir do Tennessee.

Investigadores descobriram contradições após revisão

Conta ainda a NBC News que o caso já tinha sido arquivado, mas foi revisto em 2022 como parte de uma ação de rotina.

Na altura, ninguém foi preso devido ao homicídio. A investigação foi baseada, em grande parte, nos depoimentos de Buford Pusser.

Contudo, durante a revisão do caso, o arquivo revelou "provas físicas, médicas, forenses, balísticas e de reconstituição que contradizem a versão dos factos" do polícia sobre a morte de Pauline.

Na altura do crime, o Buford alegou que recebeu uma denúncia na manhã do dia 12 de agosto e que a mulher se ofereceu para acompanhá-lo. Enquanto se dirigiriam até o local, um carro aproximou-se e um atirador matou Pauline.

O polícia alegou que o atentado seria direcionado a ele, conhecido pela luta contra esquemas de jogos de azar, prostituição e produção de bebida ilegal no estado norte-americano. Como a alegada tentativa de assassinato não seria a primeira contra a sua vida, as autoridades acabaram por confiar nele.

No entanto, análises recentes mostram que Pauline foi baleada fora do carro e só depois colocada dentro dele. Além disso, os ferimentos na cabeça dela e os respingos de sangue no carro não combinam com as declarações do marido.

Um especialista em balística disse mesmo que a cena do crime foi encenada.

A autópsia mostrou ainda que Pauline tinha o nariz partido, já curado antes da morte, o que coincide com os relatos de pessoas da época, que revelaram que esta era vítima de violência doméstica.

Buford Pusser, que inspirou o filme 'Walking Tall', em 1973, devido à sua luta contra a corrupção e crime organizado, morreu sete anos depois do homicídio de Pauline, em 1974, num acidente de carro. 

Leia Também: Homem encontrado morto em "poça de sangue" no festival Burning Man

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