O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou esta segunda-feira "uma mensagem de condolências ao povo afegão" devido ao sismo que provocou centenas de mortos e milhares de feridos.
"O Presidente da República expressa uma mensagem de condolências ao povo afegão afetado pelos devastadores efeitos do sismo que provocou centenas de vítimas mortais e inúmeros feridos", lê-se na página da Presidência da República.
A mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa surge depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros ter afirmado também que o "Governo português lamenta profundamente as consequências do sismo no Afeganistão".
"O Governo português lamenta profundamente as consequências devastadoras do sismo no Afeganistão, que causou centenas de vítimas mortais e milhares de feridos", lê-se numa nota do ministério tutelado por Paulo Rangel, na rede social X.
A nota acrescenta ainda que Portugal "expressa solidariedade ao povo afegão e dispõe-se a apoiar ações de salvamento da ONU e do Crescente Vermelho".
Sublinhe-se que o leste do Afeganistão foi atingido por um sismo de magnitude 6.0 na escala de Richter, seguido por várias réplicas, na noite de domingo.
O sismo de magnitude 6 na escala de Richter ocorreu às 23h47 locais (20h17 em Lisboa) e foi seguido por pelo menos dois abalos de magnitude 5,2.
Segundo o mais recente balanço do Ministério do Interior talibã, pelo menos 800 pessoas morreram e mais de 2.700 ficaram feridas após o sismo.
O novo balanço, avançado pelo porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, numa conferência de imprensa realizada em Cabul, refere que só numa das províncias do país, Kunar, foram contabilizados 800 mortos e 2.500 feridos.
A estes números juntam-se 12 mortos e 255 feridos na província vizinha de Nangahar, onde se localizou o epicentro do sismo, com o hipocentro a apenas oito quilómetros abaixo da superfície.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do sismo situou-se a 42 quilómetros de Jalalabad, capital da província de Nangarhar, e a uma profundidade de apenas oito quilómetros, o que agravou o nível de destruição.
Os tremores provocaram inúmeros deslizamentos de terras que bloquearam as poucas estradas existentes, isolando por completo dezenas de aldeias.
Mujahid prometeu, em declarações divulgadas pela Tolo News, que as autoridades vão utilizar todos os recursos para ajudar a população e que as equipas de resgate das províncias próximas do epicentro do sismo prestarão assistência aos afetados.
O Afeganistão é frequentemente atingido por terramotos, sobretudo na cordilheira Hindu Kush, perto da junção das placas tectónicas eurasiática e indiana.
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