O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta segunda-feira, que o "Governo português lamenta profundamente as consequências do sismo no Afeganistão", que provocou pelo menos 600 mortos e milhares de feridos.
"O Governo português lamenta profundamente as consequências devastadoras do sismo no Afeganistão, que causou centenas de vítimas mortais e milhares de feridos", lê-se numa nota do ministério tutelado por Paulo Rangel, na rede social X.
A nota acrescenta ainda que Portugal "expressa solidariedade ao povo afegão e dispõe-se a apoiar ações de salvamento da ONU e do Crescente Vermelho".
Sublinhe-se que o leste do Afeganistão foi atingido por um sismo de magnitude 6.0 na escala de Richter, seguido por várias réplicas, na noite de domingo.
O sismo de magnitude 6 na escala de Richter ocorreu às 23h47 locais (20h17 em Lisboa) e foi seguido por pelo menos dois abalos de magnitude 5,2.
Segundo o mais recente balanço do Ministério do Interior talibã, pelo menos 622 pessoas morreram e mais de 1.500 ficaram feridas após o sismo.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do sismo situou-se a 42 quilómetros de Jalalabad, capital da província de Nangarhar, e a uma profundidade de apenas oito quilómetros, o que agravou o nível de destruição.
Os tremores provocaram inúmeros deslizamentos de terras que bloquearam as poucas estradas existentes, isolando por completo dezenas de aldeias.
Jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP) sentiram os tremores em Cabul durante vários segundos, tal como em Islamabad, a capital do vizinho Paquistão, a 370 quilómetros de distância em linha reta.
Além do sismo principal, foram registados no Paquistão tremores e réplicas, embora nenhuma vítima ou dano material tenha sido confirmado até ao momento, de acordo com a televisão paquistanesa Geo TV.
Na escala de Richter, um sismo com uma magnitude entre 6 e 6,9 é classificado de forte, podendo ser destrutivo numa área de uma centena de quilómetros à volta do epicentro.
O Afeganistão é frequentemente atingido por tremores de terra, sobretudo na cordilheira Hindu Kush, perto da junção das placas tectónicas euro-asiática e indiana.
Este é já o abalo mais grave a atingir o país desde outubro de 2023, quando uma série de sismos devastou a província ocidental de Herat, causando mais de 1.500 mortos.
[Notícia atualizada às 08h55]
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