O jovem terá entrado na água à procura de uma bola, quando desapareceu, segundo o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, Fernando Infante.
O alerta para as autoridades foi dado pelas 15h42 (mais uma hora em Lisboa), através do 112, com a indicação de que "duas pessoas estavam a pedir socorro na lagoa das Sete Cidades", acrescentou o responsável em declarações à agência Lusa.
"À nossa chegada constatámos que, infelizmente, já havia uma pessoa desaparecida e a segunda já estava fora da lagoa", disse Fernando Infante.
No local foram de imediato iniciadas operações para tentar localizar o desaparecido, que envolveram cerca de 20 elementos dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada (sendo 12 mergulhadores) e a utilização de uma moto de água e de um drone.
Estiveram também no terreno elementos da PSP e da Autoridade Marítima.
Pelas 18:15, os mergulhadores acabaram por encontrar o corpo do jovem, posteriormente transportado para a morgue do hospital de Ponta Delgada, para ser autopsiado.
É o segundo caso de afogamento registado este mês na lagoa das Sete Cidades.
No dia 14 de agosto, um homem de 57 anos, residente na ilha de São Miguel, desapareceu no mesmo local, quando navegava numa embarcação vulgarmente designada por "gaivota" e decidiu mergulhar. O corpo foi encontrado dois dias depois.
Tendo em conta o registo de duas mortes num curto espaço de tempo, o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada considera que a zona deveria ter vigilância "ou algo a informar as pessoas do perigo que ali está", embora os habitantes da ilha de São Miguel sejam conhecedores das condicionantes existentes no local.
"São águas que parecem muito calmas, mas têm alguns perigos associados, particularmente de surpresa. [A lagoa] tem vários patamares, as pessoas têm pé e a partir de determinada altura deixam de ter, depois, provavelmente, devem assustar-se porque sentem algas, ou então têm pouca prática a nadar", concluiu Fernando Infante.
Segundo o Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, "a área de recreio balnear - praia, devidamente delimitada e sinalizada, deve ser a única localização onde é permitida a prática de natação e banhos".
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