"Começámos a distribuição para pequenos ruminantes e abelhas, ervilhaca e aveia, para ajudar neste momento de recuperação", disse Pedro Lima.
O município fará estas entregas, "semanalmente" para "começar a trilhar o caminho de recuperação" e "manter este potencial produtivo na pecuária".
O incêndio que começou no dia 17 de agosto e foi dado como dominado dois dias depois consumiu mais de "dois mil hectares" de floresta e área agrícola no concelho de Vila Flor, nomeadamente na Vilariça, com "pomares inteiros, olivais e até de vinhas que foram fustigadas".
O município ainda está a identificar a área consumida pelo fogo e vai reunir-se, na próxima terça-feira, com o secretário de Estado das Florestas, com o intuito de reclamar apoios para os agricultores e criadores de gado afetados.
Entre as questões que pretende colocar ao governante, o autarca quer saber "como é que os nossos vitivinicultores com a vindima à porta conseguirão respeitar as suas obrigações e a sua autorização de produção" e "como é que os jovens agricultores que acabaram de concretizar as suas plantações, os seus projetos ou ainda estão a meio deles, conseguem concretizar não só os seus projetos, mas também terem alguma ajuda para algumas produções expectáveis perdidas", explanou.
Pedro Lima quer que algo seja feito para que Vila Flor "continue a ter o dinamismo agrícola e económico que tem".
O Governo já anunciou medidas para ajudar os produtores afetados, entre elas, o apoio de 10 mil euros, através do preenchimento de um formulário "simplex" e sem apresentação de faturação.
O fogo que atingiu o concelho de Mirandela, no distrito de Bragança, começou às 16h00 do dia 17 de agosto em Frechas e Valverde da Gestosa, mas alastrou-se no dia seguinte aos concelhos de Vila Flor e de Alfândega da Fé, também no distrito de Bragança.
Foi dado como dominado no dia 19 de agosto.
Leia Também: Agricultores de Mirandela afetados pelo incêndio pedem ajuda ao Governo