Em comunicado divulgado hoje à tarde, a autarquia do distrito de Viseu referiu que tem estado a desenvolver "todos os esforços para minimizar os terríveis efeitos dos incêndios florestais que devastaram o concelho, afetando de forma substancial a economia e o bem-estar" das pessoas.
"A Câmara Municipal procedeu atempadamente à aquisição destes bens, no entanto, e por questões que nos transcendem, só hoje começam a chegar ao nosso território", explicou.
No terreno e no edifício da câmara têm estado, desde domingo, equipas a ajudar a população a identificar os prejuízos nas várias freguesias.
Na terça-feira, estiveram no concelho responsáveis da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte a inteirarem-se "da dimensão dos prejuízos provocados pelos fogos e avaliar as medidas que se possam implementar para apoiar a agricultura e a economia concelhia".
O município pediu ajuda imediata ao Governo e considera que existem "bons indícios" de que "os apoios possam surgir muito em breve", concretamente na reunião de Conselho de Ministros extraordinária marcada para quinta-feira à tarde, em Viseu.
Assim que os apoios forem aprovados, a autarquia "colocará à disposição de todos os munícipes os seus serviços para os auxiliarem no preenchimento dos formulários para a obtenção dos apoios que deverão abranger a agricultura, o comércio e a indústria", acrescentou.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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