Fogo em Ermidas-Sado consumiu perto de 600 hectares de floresta

O incêndio que deflagrou na freguesia de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, na terça-feira, consumiu cerca de 600 hectares de floresta, mantendo-se hoje a vigilância no local devido a possíveis reacendimentos, avançou a Proteção Civil.

Incêndio em Fornos de Algodres

© Lusa

Lusa
13/08/2025 15:03 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Incêndios

"O incêndio encontra-se dominado e temos uma área estimada [ardida] de aproximadamente 600 hectares", disse à agência Lusa, Tiago Bugio, comandante Sub-regional de Emergência e Proteção civil do Alentejo Litoral.

 

O mesmo responsável acrescentou que existem "muitas 'ilhas' que não arderam", pelo que a Proteção Civil tem "ainda muito trabalho durante o dia" e os meios vão permanecer no terreno.

Até porque, destacou, as previsões para a tarde desta quarta-feira apontam para "uma rotação do vento que pode surpreender" os operacionais.

Mas "temos os meios no terreno a consolidar pontos quentes e a garantir as operações de rescaldo" deste incêndio que deflagrou, na terça-feira, na zona de Vale da Eira, na freguesia de Ermidas-Sado, no distrito de Setúbal, afiançou.

No âmbito deste sinistro, cujo alerta foi dado às autoridades às 16h42, as chamas consumiram sobretudo áreas de "eucalipto, pinhal, montado de sobreiro e azinheira, zonas de mato e de pasto", precisou Tiago Bugio.

O incêndio florestal entrou em fase de resolução na madrugada de hoje, tendo sido considerado dominado às 02h30, declarou à Lusa fonte do Comando Sub-regional do Alentejo Litoral.

Questionado sobre as causas prováveis da ignição, Tiago Bugio afirmou que "vários populares referiram que foi audível a trovoada" à mesma hora a que eclodiu o foco de incêndio e que "sentia-se naquele momento um vento muito forte", o que leva a presumir "que terá sido [por] causas naturais".

Contactado hoje pela Lusa, Albano Pereira, vereador da Câmara de Santiago do Cacém, avançou que, apesar de dominado, já se registaram hoje "alguns reacendimentos" do incêndio.

"Tivemos a ajuda do meio aéreo nas zonas de maior dificuldade de acessibilidades, mas as coisas estão mais ou menos controladas. Os bombeiros estão a fazer o seu rescaldo", permanecendo no local "algumas centenas" de operacionais, disse.

À Lusa, o autarca relatou "momentos muito complicados" durante a noite de terça-feira com "alguns reacendimentos muito fortes" que foram combatidos pelos bombeiros, com a ajuda das máquinas de rasto, o que "facilitou a acessibilidade dos carros de combate à frente de fogo".

"Não houve casas em risco, não houve animais [em perigo], apenas algumas matas de eucalipto e pastagens", afiançou.

Também o presidente da Junta de Freguesia de Ermidas-Sado, Carlos Parreira, referiu à Lusa que a proximidade das chamas à localidade de Vale da Eira, onde residem "cerca de 40 pessoas, a maioria idosos", causou alguma preocupação.

Apesar do susto, o incêndio "não [chegou a] atingir casas, suiniculturas e outras construções" nesta freguesia do interior do concelho, afirmou o autarca, que tem coordenado o fornecimento de refeições aos operacionais que se encontram no terreno.

As chamas chegaram a mobilizar uma total de 428 operacionais, apoiados por 158 veículos, dois helicópteros e sete aviões, assim como sete tratores agrícolas e quatro máquinas de rasto.

Devido ao sinistro, o trânsito no Itinerário Complementar 1 (IC1) chegou a estar cortado nos dois sentidos, mas foi reaberto hoje, às 08h23, de forma alternada, revelou a Proteção Civil.

Leia Também: Incêndio florestal de grandes dimensões assola o norte de Marrocos

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas