Segundo o portal de notícias Le360, trata-se de um incêndio "importante", em que aviões Canadair estão "a lançar água na zona para tentar conter as chamas".
De acordo com o Le360, dois aviões Canadair realizaram voos de ida e volta na província de Chefchaouen, "apesar das fortes rajadas de vento".
A província de Chefchaouen conta com mais de 400 mil habitantes, dos quais cerca de 50 mil na própria cidade.
Citando fontes locais, o mesmo site noticioso referiu que o fogo destruiu "vastas" áreas de floresta entre Bab Taza e Derdara, causando "grandes prejuízos" em pomares e campos agrícolas perto de Karankha, antes de atingir uma floresta vizinha devido aos ventos que varrem o norte há dois dias.
"A situação é catastrófica. A dimensão dos danos materiais parece bastante elevada", disse, em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), Aziz Makhlouf, residente na província de Chefchaouen, que se encontrava de passagem pela comuna de Derdara.
"Não via um incêndio assim há cerca de 15 anos", acrescentou, salientando a forte mobilização das autoridades, incluindo a Proteção Civil, a polícia militarizada e o exército.
Vídeos divulgados na Internet mostram o céu escurecido por espessas colunas de fumo, linhas de fogo a avançar pelas montanhas e habitantes a combater as chamas com baldes de água numa região de relevo acidentado.
Nas redes sociais e em meios de comunicação social locais como o Maroc Hebdo foram ainda reportados outros focos de incêndio perto de Tetuão e Tânger, outros dois destinos turísticos do norte do país, atingido por uma seca persistente desde 2018 e atualmente a enfrentar uma onda de calor acompanhada de 'chergui', segundo a Direção-Geral de Meteorologia (DGM) de Marrocos.
O 'chergui' é a designação atribuída a um vento quente, seco e muitas vezes muito forte, que sopra do leste ou sudeste sobre Marrocos, proveniente sobretudo do deserto do Saara.
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