O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, que falava à agência Lusa em Lamas, na serra do Alvão, disse que o fogo anda à volta da aldeia, conforme o vento vai soprando nas diferentes direções, e queima mato muito rasteiro.
O autarca acrescentou que as pessoas mais idosas e vulneráveis foram aconselhadas a ficar dentro das suas casas, com janelas e portas fechadas.
Na aldeia, acrescentou, estão posicionadas viaturas da Câmara Municipal de prevenção para a necessidade de retirar habitantes.
Perante o aproximar das chamas, populares pegaram em giestas, baldes e mangueiras para o combate, tendo sido reforçados os meios posicionados nesta localidade.
"O vento está o suficiente para que o incêndio seja alimentado", referiu João Noronha, apontando que o fumo está a dificultar a atuação dos meios aéreos.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 17:30 estavam mobilizados para este incêndio 215 operacionais, 75 viaturas e oito meios aéreos.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 07:30, perto do rio Olo, freguesia de Alvadia, na serra do Alvão, onde as condições meteorológicas registadas esta tarde são difíceis, com muito calor e vento forte.
A serra do Alvão integra os concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, tendo sido atingida nestes dois últimos concelhos por um outro incêndio que deflagrou no sábado e entrou em resolução na manhã de quarta-feira, e queimou cerca de 3.000 hectares.
Já na quinta-feira, um outro fogo consumiu cerca de 500 hectares da serra do Alvão, na zona da aldeia de Pinduradouro, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, numa área muito próxima de Alvadia, já em Ribeira de Pena.
O distrito de Vila Real está em aviso vermelho por causa do calor entre as 09:00 de sábado e as 00:00 de segunda-feira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O Governo renovou na quinta-feira a situação de alerta no país até quarta-feira, dia 13 de agosto, devido ao risco de incêndio florestal.
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