Portugal exige libertação dos reféns do Hamas "já e sem condições"

O Hamas divulgou no sábado um vídeo intitulado 'Eles comem o que nós comemos', com imagens do refém israelita Evyatar David, pela última vez visto em fevereiro e visivelmente debilitado, aparentemente fechado num túnel, alternadas com imagens de crianças subnutridas em Gaza e de Netanyahu.

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© FILIPE AMORIM/AFP via Getty Images

Tomásia Sousa
04/08/2025 08:45 ‧ há 2 dias por Tomásia Sousa

País

Israel/Palestina

O Governo exigiu, este domingo, a libertação dos reféns do Hamas "já e sem condições". O pedido surgiu pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e pelo ministro Paulo Rangel após os grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica terem divulgado imagens dos reféns israelitas na Faixa de Gaza - que o Governo português considerou "chocantes e indignas".

 

"O Hamas tem de libertar os reféns já e sem condições. A manipulação cruel do sofrimento, agravada por imagens chocantes e indignas, é terrorismo extremo. Como resulta da declaração de Nova Iorque, o Hamas tem de ser desarmado e afastado de Gaza. A ajuda humanitária é urgente", lê-se numa publicação feita pelo MNE nas redes sociais.

A publicação desde quinta-feira pelo Hamas e pela aliada Jihad Islâmica de três vídeos a mostrar dois reféns causou grande comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo para os libertar.

Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no sábado à noite em Telavive em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns.

Nas imagens dos dois grupos, os reféns aparecem visivelmente enfraquecidos e magros, numa encenação que visa estabelecer um paralelo com a atual situação humanitária em Gaza, ameaçada de "fome generalizada", de acordo com a ONU.

No vídeo de Evyatar David, apresentado com a frase 'Eles comem o que nós comemos', aparecem imagens de crianças subnutridas em Gaza, alternadas com as de David, que se encontra fechado no que aparenta ser um túnel, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Evyatar David e Rom Braslavski, ambos de 24 anos, foram raptados num festival de música, no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

Recorde-se que, na passada quinta-feira, o primeiro-ministro português anunciou que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar sobre o possível reconhecimento do Estado palestiniano.

Segundo o Governo, o reconhecimento do Estado palestiniano só acontecerá no âmbito de uma concertação com um conjunto de países com quem Portugal tem "mantido um diálogo permanente e que participaram ativamente nesta conferência [em Nova Iorque]" e se a Autoridade Palestiniana cumprir certas condições e garantias.

Até ao momento, pelo menos 142 dos 193 países-membros da ONU reconhecem o Estado palestiniano, segundo dados da agência noticiosa France-Presse.  

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Teresa Banha com Lusa | 08:34 - 01/08/2025

Leia Também: Acesso a reféns? Hamas permite se forem "abertos corredores humanitários"

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