Movimento quer inquérito nacional sobre violência institucional

A associação Movimento das Mulheres propôs ao Governo a realização de um inquérito nacional sobre violência institucional, aberto a todos, que possibilite indicar se passou por alguma situação de falha ao precisar de ajuda e qual foi o resultado.

violência doméstica, mulheres, agressão, violação

© ShutterStock

Lusa
01/08/2025 19:18 ‧ há 2 dias por Lusa

País

Movimento das Mulheres

Em comunicado, o Movimento das Mulheres - Mover pelos Direitos informa que esta foi uma das propostas entregues esta semana ao Ministério da Justiça, numa reunião que pretendeu reforçar propostas entregues em fevereiro, depois das primeiras mortes por violência doméstica deste ano.

 

Além da promoção de um inquérito nacional sobre violência institucional - que acontece quando instituições públicos ou seus representantes, em vez de protegerem, causam danos ou sofrimento adicional às vítimas de crimes ou outras situações vulneráveis - a associação quer uma revisão das medidas de proteção, alertando que é urgente reavaliar, com a nova ficha de avaliação de risco, as denúncias anteriores à sua entrada em vigor, e tornar a medida de afastamento do agressor como preferencial, reduzindo o risco e a reincidência.

A associação lembra que a teleassistência e o termo de identidade e residência, por si só, não protegeram vítimas que foram assassinadas após denúncia, recordando casos de algumas que tinham acionado o botão.

Outra medida urgente é criar uma escala de advogados de atribuição automática às vítimas, salientando a associação que as propostas legislativas aprovadas em 2022, com pareceres favoráveis da Ordem dos Advogados, APAV, Conselho Superior da Magistratura, Conselho Superior do Ministério Público, não entraram ainda em vigor.

A associação propõe também a criação de uma plataforma de registo cronológico das diligências efetuadas após denúncia, que registe o que foi feito, por quem e quando, com o objetivo de agilizar os processos, melhorar a articulação entre entidades e garantir comunicação e ação efetiva.

Outra medida proposta foi a criação de um modelo de registo sistemático com espaço para as observações da vítima, no qual possa indicar se foi informada dos seus direitos, e se se sentiu ouvida e segura nas decisões tomadas e nas ações seguintes.

Leia Também: Alterações laborais mobilizam milhares em defesa de mulheres e famílias

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas