Uma tartaruga marinha foi devolvida ao oceano, na sexta-feira, dia 18 de julho, depois de ter recuperado da “ingestão de resíduos plásticos”.
O animal, que esteve em tratamento “durante os últimos dois meses”, foi encontrado debilitado, pelo que foi encaminhado para o centro de reabilitação do Zoomarine, “onde recebeu cuidados veterinários especializados”, adiantou a Marinha Portuguesa, numa nota enviada este sábado às redações.
“A sua recuperação foi possível graças ao trabalho conjunto de biólogos marinhos e veterinários, que diagnosticaram a ingestão de diversos fragmentos de plástico, uma consequência da crescente poluição dos oceanos”, complementou a entidade.
A Lancha de Fiscalização Rápida (LFR) NRP Sagitário colaborou no processo de devolução do animal ao seu habitat natural “com o apoio logístico e operacional”, o que dá conta do “compromisso da Marinha Portuguesa com a proteção do meio marinho e a colaboração ativa em ações de conservação ambiental”, lê-se na mesma nota.
“Esta ação conjunta sublinha a importância de parcerias entre entidades civis e militares na defesa da biodiversidade marinha, alertando também para os impactos da poluição nos ecossistemas oceânicos”, rematou.
Recorde-se que, no dia 14 de maio deste ano, a tartaruga Vénus – assim apelidada em homenagem à deusa do amor e da beleza – também foi devolvida ao mar, ao fim de vários meses de reabilitação no Porto d'Abrigo do Zoomarine, no Algarve.
A tartaruga-comum "foi encontrada a flutuar, debilitada, ao largo do cabo de Sines, no dia 27 de dezembro, por um pescador que, prontamente, alertou a equipa da Rede de Arrojamentos do Alentejo (ARROJAL)".
Vénus "apresentava alterações a nível sanguíneo e pulmonar" mas, depois de receber tratamento e ter recuperado, "já estava em condições de regressar ao seu habitat natural".
“A Vénus chegou ao Porto d’Abrigo debilitada. Foi submetida a exames clínicos detalhados, e definido um plano de tratamento. A resposta foi positiva e gradual, o que nos permitiu prepará-la com segurança para este regresso ao mar. Cada devolução é um momento de grande significado para toda a equipa — é o culminar de um trabalho exigente e o reforço do nosso compromisso com a proteção da vida marinha”, apontou a enfermeira veterinária responsável do Porto d’Abrigo do Zoomarine, Antonieta Nunes, na altura.
O animal foi libertado a 12 milhas náuticas da costa, numa operação que contou com o apoio do NRP Cassiopeia da Marinha Portuguesa, que partiu do Ponto de Apoio Naval de Portimão sob o comando do 1.º tenente Gonçalves Dias.
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