Inquilinos Lisbonenses condenam demolições em Loures e na Amadora

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) condenou hoje as demolições na Área Metropolitana de Lisboa, acusando as câmaras de atuarem sem garantir soluções habitacionais, "como são obrigados pela lei".

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© Reuters

Lusa
17/07/2025 19:23 ‧ ontem por Lusa

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As operações decorreram esta semana nos concelhos de Loures e Amadora, levando ao desalojamento de dezenas de famílias.

 

Em Loures, foram demolidas 51 das 64 construções precárias existentes no Bairro do Talude Militar, onde residiam 161 pessoas. A ação foi suspensa no segundo dia por ordem do Tribunal Administrativo de Lisboa, após uma providência cautelar interposta por moradores.

Na Amadora, a demolição de 22 construções ilegais na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo bairro de Santa Filomena, afetou cerca de 44 pessoas, incluindo 14 crianças e jovens.

"Como se não bastasse, temos agora Municípios da Área Metropolitana de Lisboa a impor a lei do mais forte sobre populações fragilizadas e vulneráveis que vivem em barracas, sem cuidar previamente de uma solução habitacional, conforme são obrigados pela lei", lamenta a AIL em comunicado.

A associação considera ainda que estas ações "revelam falta de humanidade e roçam a ilegalidade", acusando os municípios de violar o artigo 13.º da Lei de Bases da Habitação.

"Nada disto foi garantido pelos Municípios em questão, tendo havido, inclusive, um que ignorou, desrespeitou e incumpriu uma ordem judicial", salienta.

A AIL defende que "a perseguição aos mais pobres e vulneráveis, a violência e a destruição, não são as soluções para os graves problemas habitacionais e sociais. São ações condenáveis. Uma caução e uma renda também não são solução. São uma indignidade", reforça.

A associação encerra o comunicado manifestando solidariedade com as famílias desalojadas e sublinhando a urgência de medidas concretas para enfrentar a crise habitacional: "A AIL insiste na consideração das suas propostas urgentes e prioritárias, bem como nas de outros intervenientes no mesmo sentido, para as soluções da crise na habitação".

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