Depois de Teddy, o cão de serviço que foi impedido de embarcar na cabine de um voo da TAP, desde o Rio de Janeiro, no Brasil, até Lisboa, a companhia aérea portuguesa foi acusada de negligência na acomodação de uma cadela que, ao chegar ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, conseguiu abrir a transportadora e fugir, a 7 de julho.
Jaqueline Ramos, tutora de Esperança, contou ao g1 que a transportadora foi entregue vazia e danificada, depois de a patuda ter aterrado em São Paulo, vinda de Lisboa.
A jovem, que reside em Portugal há sete anos, apontou que o processo de pesagem, raio-X e documentação decorreu sem problemas, mas denunciou que os funcionários da TAP foram negligentes na acomodação da transportadora, em Lisboa.
Jaqueline Ramos disse ter alertado os trabalhadores para que fizessem uso de abraçadeiras de plástico por si deixadas sobre a caixa, ao que lhe asseguraram que a empresa trataria do assunto. A tutora relatou ainda que o funcionário teve dificuldades em fechar a porta da transportadora, mas que, ao fim de uns minutos, asseverou-lhe de que estava bem fechada.
Ao aterrar em São Paulo, Alexia, amiga de Jaqueline que acompanhava Esperança na viagem, deparou-se com a transportadora vazia e garantiu não ter recebido qualquer apoio por parte dos funcionários do aeroporto e da companhia aérea.
Teddy chegou a Portugal e já se reuniu com Alice (ao fim de 50 dias)
Teddy viajou com o treinador Ricardo Cazarotte e com a irmã de Alice, Hayanne Porto.
Notícias ao Minuto | 15:43 - 31/05/2025"Desvalorizaram. Fui buscá-la e vi a caixa vazia. Quando me apresentei a um funcionário, ele virou as costas. [...] Ninguém foi atrás da cadela, ninguém acionou rádio. Eu disse: 'Moço, cheguei aqui e a porta da caixa estava aberta'. Ele olhou para mim e disse que a cadela a abriu sozinha", contou ao g1.
Fora do terminal, a mãe de Jaqueline aguardava Esperança. De repente, viu a cadela a ser expulsa por funcionários do aeroporto. Quando gritou, a cadela reconheceu a sua voz.
Voo do Rio para Lisboa cancelado após TAP recusar embarcar cão de serviço
O diretor da TAP para o Brasil assinalou que foi dada a possibilidade de o animal embarcar no porão, mas a passageira recusou essa opção.
Notícias ao Minuto | 13:28 - 25/05/2025"Entregaram a caixa com uma abraçaderia rota e com porta mal encaixada e partida. […] Encontrei a Esperança pelos meus próprios meios. […] Disseram que ela tinha de entrar de novo, porque não tinha passado pelo serviço de veterinária do aeroporto", disse Miriam Áurea, que ressalvou que um trabalhador tinha assumido que a cadela não tinha dono.
O Aeroporto Internacional de São Paulo disse ao g1 que "o transporte e o cuidado com animais são de responsabilidade exclusiva das companhias aéreas ou de prestadores de serviço por elas contratados" e negou que os seus funcionários tenham sido alertados para ajudar nas buscas.
O Notícias ao Minuto contactou a TAP e aguarda explicações sobre o caso.
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