O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou, ao final do dia de terça-feira, a previsão do estado do tempo para o dia de hoje, quarta-feira, dia 9 de julho.
De acordo com a informação partilhada, o céu vai estar "pouco nublado ou limpo". No entanto, haverá "períodos nebulosidade matinal no litoral" até ao final da manhã, assim como no nordeste transmontano e Beira Alta no período da tarde.
Quanto à temperatura, a mínima sofrerá uma "pequena subida" no interior das regiões norte e centro. A temperatura máxima também vai registar uma "descida" por todo o país, à exceção do nordeste transmontano.
Já o vento vai soprar "fraco a moderado", até 30 km/h, do quadrante oeste na faixa costeira durante a tarde.
Castelo Branco, Beja e Bragança serão os distritos mais quentes e poderão chegar aos 36.ºC de máxima. Segue-se Évora onde a máxima deverá atingir os 38.ºC, segundo informação no site do IPMA.
Junho classificou-se como "muito quente e muito seco"
Segundo o boletim climatológico do mês de junho para Portugal Continental, o passado mês classificou-se como "muito quente e muito seco".
"Foi o terceiro junho mais quente desde 1931, com uma média de temperatura média do ar, +2.14ºC acima do valor normal", pode ler-se no site do IPMA, acrescentando que o valor médio de temperatura máxima e mínima do ar "também foram superiores à normal".
Foi também verificado "um novo extremo absoluto da temperatura máxima no mês de junho para Portugal Continental, uma vez que no dia 29 registou-se 46.6ºC em Mora, no distrito de Évora.
Quanto ao facto de ter sido "muito seco", o IPMA explica que foi o "quarto junho mais seco de 1931, com um total de precipitação muito inferior à normal".
Mês de junho marcado por duas ondas de calor
O último mês de junho foi o mais quente de que há registo na Europa Ocidental, com temperaturas extremas a atingir o continente em duas ondas de calor consecutivas, anunciou, esta quarta-feira, o serviço europeu Copernicus.
Junho foi marcado por duas ondas de calor na região - entre 17 e 22 de junho, e a partir de 30 de junho - "excecionais", observou Samantha Burgess, climatologista do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do programa da União Europeia de observação da Terra Copernicus.
No contexto do aquecimento global, "estas ondas de calor serão provavelmente mais frequentes, mais intensas e afetarão cada vez mais pessoas na Europa", enfatizou Burgess, em comunicado de imprensa.
As temperaturas ultrapassaram regularmente 40 graus Celsius (ºC) em vários países e atingiram 46°C em Espanha e Portugal.
O dia 30 de junho, um novo recorde diário mensal, foi "um dos dias de verão mais quentes de que há registo" no continente, destacou o comunicado.
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