Governo defende trabalho de imigrantes "mais qualificado e mais bem pago"

O ministro da Presidência afirmou esta segunda-feira que as mudanças que o Governo pretende introduzir na imigração são equilibradas, e defendeu que a economia portuguesa vai ter de evoluir para um tipo de trabalho "mais qualificado e mais bem pago".

António Leitão Amaro

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Lusa
23/06/2025 18:23 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Imigração

No Conselho de Ministros foram aprovados quatro diplomas na área da imigração, que introduzem mudanças na lei da nacionalidade, na lei dos estrangeiros, no regime para os cidadãos da CPLP e uma nova proposta de lei para a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, chumbada na anterior legislatura.

 

Questionado se o apertar de regras na entrada e permanência de imigrantes não pode ter um efeito negativo na economia, o ministro António Leitão Amaro defendeu o equilíbrio das propostas apresentadas.

"Estas medidas não só não são surpresa, como excluem tanto a lógica das portas escancaradas, quer a lógica das portas todas fechadas. Isso sim seria um fechamento da economia nacional a todos os fluxos de pessoas, isso seria profundamente errado e teria um efeito profundamente negativo na economia nacional", disse.

"Polícia de fronteiras" e perda de nacionalidade. Que anunciou o Governo?

O ministro Leitão Amaro anunciou uma proposta de lei para a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na Polícia de Segurança Pública. O objetivo é que o país volte a ter uma "polícia de fronteiras".

Cátia Carmo com Lusa | 15:53 - 23/06/2025

Leitão Amaro assumiu que o objetivo é "apertar e limitar e fechar alguns canais de entrada", como foi o caso da manifestação de interesse, e depois redirecionar outro tipo de fluxos, recordando o acordo já assinado com confederações patronais para a entrada de imigrantes com visto de trabalho mediante o cumprimento de certas condições e que agora se pretende alargar a instituições do ensino superior.

"Se nós conseguirmos que a vinda seja de pessoas com maiores qualificações, o contributo de valor acrescentado para a economia nacional e, por isso, para o crescimento económico é maior", disse.

Para o ministro, a economia portuguesa "tem que se habituar ao ajustamento e à sua transformação para trabalho mais qualificado, e mais bem pago".

"Por isso, nós dissemos no acordo com as empresas que tinha que haver a função de responsabilidades de formação, de responsabilidades com alojamento, e não uma externalização de custos sociais para depois ter um trabalho mais barato. O trabalho tem que ser mais atrativo e mais bem pago, e é assim que uma economia evolui", considerou.

Leia Também: Governo aperta regras para reagrupamento familiar. Que disse Leitão Amaro

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