Nove detidos, um na Bélgica, por burla bancária em Portugal

A Polícia Judiciária anunciou hoje a detenção de nove pessoas, incluindo uma na Bélgica cuja extradição já foi pedida, suspeitas de uma burla com usurpação de identidade que terá lesado um estrangeiro em centenas de milhares de euros.

Sede Polícia Judiciária

© Global Imagens

Lusa
05/06/2025 16:34 ‧ ontem por Lusa

País

Operação Flandres

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) diz que a 'Operação Flandres', que decorreu no âmbito de um inquérito tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, levou à detenção de quatro homens e cinco mulheres, com idades entre os 24 e os 64 anos, por "fortes indícios" de crimes de burla, branqueamento e falsificação, que lesaram um cidadão estrangeiro em centenas de milhares de euros.

 

Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em maio de 2024, depois de um banco nacional ter reportado que um cidadão residente em Angola e com negócios nesse país negava ter ordenado um conjunto de operações bancárias, realizadas presencialmente, num balcão em Lisboa.

A investigação levou à identificação de um cidadão residente na Bélgica que, usando um documento de identidade belga falso, se fez passar pelo lesado.

O homem foi detido na Bélgica, após emissão de mandado de detenção europeu por Portugal, com a colaboração da Polícia Federal Belga, tendo já sido requerida a extradição do suspeito, adiantou a PJ à Lusa.

"Todos os detidos, entre os quais uma ex-bancária, agiram em coautoria nas várias fases do esquema, nomeadamente na angariação prévia das informações bancárias do cliente, no recrutamento dos vários elementos, na contrafação do documento de identificação usado, e ainda na concretização de diversas e sucessivas operações bancárias posteriores, destinadas a fracionar e a dissimular as vantagens do crime, e a distribui-las entre todos", adiantou a PJ em comunicado.

Em esclarecimentos adicionais esta tarde, numa conferência de imprensa na sede da PJ em Lisboa sobre outra investigação, o diretor da PJ para a região de Lisboa e Vale do Tejo, João Oliveira, disse que em causa na 'Operação Flandres' está uma "investigação muito complexa", sem precisar o montante total da burla.

João Oliveira disse que o detido na Bélgica e o cidadão estrangeiro lesado pela burla têm nacionalidade belga e entre os nove detidos, que tinham sobretudo uma relação de amizade entre si, há ainda um cidadão angolano.

No âmbito da operação foram realizadas 15 buscas domiciliárias, nas quais se apreendeu documentação, equipamento informático e de telecomunicações, viaturas de gama alta, outros objetos relacionados com os crimes, para além de drogas e munições.

Os oito detidos em Portugal vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

Leia Também: Bélgica revoga lei que impunha fim de energia nuclear

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