"Marinha carece de pessoal qualificado", revela almirante Nobre de Sousa

O chefe do Estado-Maior da Armada assumiu hoje como uma das prioridades do seu mandato a retenção de pessoal qualificado na Marinha, afirmado que a tendência de saídas "está a baixar" mas continua a verificar-se.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
26/05/2025 13:24 ‧ há 2 dias por Lusa

País

Marinha Portuguesa

À margem de uma cerimónia de partida de 176 militares da Marinha para uma missão da NATO no Mar do Norte, Nobre de Sousa foi questionado sobre que caderno de encargos irá apresentar ao próximo executivo saído das eleições legislativas do passado dia 18, vencidas pela AD - coligação PSD/CDS-PP.

 

O almirante recusou antecipar publicamente o que dirá a uma próxima tutela da Defesa, mas assumiu que tem várias prioridades no seu mandato, iniciado em dezembro do ano passado, sendo uma delas a retenção de pessoal qualificado.

"A Marinha carece de pessoal qualificado e nós temos tido gente - felizmente este ano os números estão a baixar, a tendência está a baixar - temos tido gente a optar por sair, muito porque o mercado funciona e a economia tem dado opções de trabalho", adiantou.

Nobre de Sousa explicou que quando um militar com 20 anos de serviço opta por sair do ramo "é muito difícil recolocar essa capacidade", realçando que é "vital reter pessoas".

Outra prioridade do mandato do atual chefe da Marinha passa por "garantir o potencial de combate das unidades, sobretudo aquelas que estão atribuídas a compromissos internacionais", como é o caso do Navio da República Portuguesa (NRP) Bartolomeu Dias, que partiu hoje para a missão da Aliança Atlântica.

"Garantir que os navios estão bem preparados na perspetiva do treino, na perspetiva do material, de tudo aquilo que precisam para poderem desempenhar funções de grande exigência", sublinhou.

No que toca a necessidades de reequipamento do ramo, Nobre de Sousa afirmou que o tema será discutido primeiro com o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) e posteriormente com a tutela política.

Em março, antes das eleições legislativas antecipadas, o almirante disse esperar que o próximo Governo prossiga o investimento na área da Defesa, alertando que "não se pode improvisar", num contexto de instabilidade internacional.

Nobre de Sousa tomou posse como Chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro, para um mandato de três anos, sucedendo ao almirante Henrique Gouveia e Melo, atual candidato presidencial.

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