"Falha". Hospital de Portalegre não avisou família da morte de doente

Unidade hospitalar admite que houve uma "falha de comunicação". Filha só descobriu que o pai tinha morrido horas depois, quando o ia visitar.

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Notícias ao Minuto
23/05/2025 11:22 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto

País

Saúde

A Unidade Local de Saúde do Alto Tejo foi alvo de uma reclamação devido a uma falha na comunicação de um óbito no Hospital de Portalegre.

 

De acordo com a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a queixosa só soube da morte do pai quando o ia visitar, várias horas depois deste ter morrido.

O caso remonta a fevereiro de 2024. Eram 20h30 da noite do dia 17, quando o óbito foi declarado. No entanto, ninguém avisou a família do utente.

A filha chegou ao hospital, no dia seguinte (18 de fevereiro), pelas 14h, e verificou que o pai não estava no serviço onde seria suposto estar. Pediu informações e indicaram-lhe que tinha "subido para o 5.º piso". Porém, nesse piso "não estava" e não havia ninguém que soubesse dizer onde estava o paciente.

Só mais tarde, conta ainda a mulher na queixa, informaram a família que o progenitor tinha morrido.

De acordo com o Hospital de Portalegre, houve um "mal entendido da parte dos profissionais, que estavam a trabalhar nesse dia". "Houve uma falha de comunicação entre profissionais, uma vez que habitualmente esta comunicação [do óbito] é feita para o lar [onde vivia o doente] e, neste caso, a informação terá sido pedida pela família para ser ela própria a ser informada da evolução da situação", o que resultou, em síntese, que "nenhum [funcionário] confirmou se a família ou lar teriam sido avisados do falecimento" do doente.

Perante isto, a ERS considera que a atuação da unidade de saúde em questão "não se mostrou consentânea com a proteção dos direitos e interesses dos utentes, nomeadamente, o direito do acompanhante ser devidamente informado, em tempo razoável, sobre a situação do doente nas diferentes fases do atendimento, garantindo especial cuidado, celeridade e correção na comunicação de informação sensível, como a do óbito de um familiar".

Desta forma, foi emitida uma instrução à Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo no sentido de garantir que os acompanhantes são "devidamente informados", assim como que há "orientações claras e precisas, que os procedimentos de comunicação de óbito sejam conhecidos e corretamente seguidos por todos os seus trabalhadores e/ou prestadores de serviço".

Leia Também: Foi "medicada para anemia, que não tinha". ULS Santa Maria alvo de queixa

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